Por Eusébio Pinto Neto –
O ano de 2025 começa com significativas mudanças no cenário geopolítico mundial.
Antes mesmo de tomar posse, no dia 20 de janeiro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já conseguiu mexer nas peças do jogo de xadrez. A estratégia trumpista de impor o poder através da força é uma ameaça para governos progressistas que trabalham para reduzir as desigualdades sociais.
A forma mais eficaz de arrebatar um exército de ressentidos é persuadir pela desinformação. Trump obteve um apoio significativo na semana passada para prosseguir com o seu plano imperialista americano. A empresa Meta, que controla o Instagram, o Facebook e o WhatsApp, encerrou o seu programa de verificação de fatos. A medida, que é um aceno às bizarrices políticas de Donald Trump, começa nos Estados Unidos.
A decisão da Meta abre as portas para as Fake News, que propagam ideias falsas que se tornam verdadeiras. O governo brasileiro já solicitou explicações à empresa, através da Advocacia-Geral da União.
Estamos prestes a entrar na era do vale tudo. Vivemos essa experiência desastrosa em 2018. Os movimentos sindical e social precisam se mobilizar e se reorganizar para garantir a democracia do país e fortalecer o governo de Lula.
Apesar da economia aquecida e do pleno emprego, o mercado financeiro, mancomunado com alguns picaretas do Congresso Nacional, tem feito de tudo para sabotar o governo. Os políticos barganham a liberação das emendas parlamentares e o capital visa o aumento dos lucros.
A desvalorização do real frente ao dólar, o aumento da inflação e a medida adotada pela Meta podem prejudicar o processo eleitoral de 2026. Há uma grande pressão em relação ao governo, sendo necessário, portanto, que a classe trabalhadora crie estratégias para movimentar as peças do tabuleiro e assegurar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em dois anos, o governo conseguiu tirar mais de 24 milhões de pessoas do Mapa da Fome, mas, agora, a inflação dos alimentos ameaça esse feito.
Os sindicatos são agentes de transformação social, logo, precisamos ir às ruas, dar sustentação e propagar o trabalho do governo. Não devemos permitir que a barriga e a desinformação sejam usadas como arma contra a democracia. O Brasil é o terceiro país que mais consome redes sociais no mundo.
A Meta destravou a maçaneta da porta, então precisamos virar a chave para garantir a democracia do país.
EUSÉBIO LUÍS PINTO NETO é presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (SINPOSPETRO-RJ) e da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), consultor sindical da Tribuna da Imprensa Livre.
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