Por Iata Anderson –

Os números são animadores e o time começa a escalar rumo ao pódio, para usar um termo do momento. Sétima vitória consecutiva do novo Flamengo, desde que Renato Gaúcho chegou para transformar um time totalmente desorganizado, desinteressado, num dos favoritos ao título brasileiro.

Vitória tranquila, obtida ainda no primeiro tempo, com três gols, tirando o pé na segunda etapa, poupando alguns jogadores. As diferenças são gritantes para o time de Rogerio Ceni, destacando-se a alegria de jogar, união do grupo e movimentação constante que permite a troca de passes e posse de bola, meio caminho andado para a vitória. O que o Barcelona – sem querer comparar – de Guardiola fazia com perfeição e dificilmente será igualado.

O time está tão “solto” que se dá ao luxo de quebrar recordes individuais e coletivos, além de contribuir para novas marcas gerais, como os 72% de bola rolando, muito acima do que a Fifa considera marca ideal. Foram 17 finalizações, 3 gols e uma bola na trave, um gol anulado, comparando com as 6 finalizações do Corinthians que marcou um gol chutou uma bola na trave e, pasmem, Diogo Alves não fez uma defesa sequer em todo o jogo.

Com 24 pontos, dois jogos menos que os quatro primeiros colocados, os rubro-negros voltam a pensar no título, muito em função dos últimos resultados, um novo Flamengo. Palmeiras e Atlético Mineiro estão fazendo uma campanha muito boa, também com dois grupos bastante motivados, principalmente nos jogos em casa.

Muito cedo ainda para previsões mas, pelo visto, o Brasileiro deste ano promete grandes emoções.

O resto fica por conta da Olimpíada de Tóquio, decepcionante para nossas cores, apesar de dois ouros e promessa de mais algumas conquistas para melhorar a quantidade de medalhas. O mesmo panorama de todos os Jogos, a melhor vitrine do esporte mundial. Sempre as mesmas desculpas, o mesmo chororô e mesma decepção. Já escrevi e li muitas vezes que enquanto não houver uma política voltada para o esporte de alto rendimento vamos vivendo dos fenômenos Adhemar Ferreira da Silva e outros monstros.

Por ora, ficamos por conta de Katie Ledecky, Caeleb Dressel e outros gigantes americanos.

Katie Ledecky leva 10ª medalha e assume protagonismo em Tóquio, sete medalhas de ouro e três de prata em Jogos Olímpicos. (Getty Images)
Caeleb Dressel ganhou 5 ouros nas Olimpíadas de Tóquio em desempenho que lembrou o de Phelps. (Getty Images)
Rebeca Andrade é 1ª brasileira a ganhar duas medalhas em uma única edição das Olimpíadas. (Agência Brasil)
Aos 13 anos, Rayssa Leal ganhou a prata do skate street e se tornou a mais jovem medalhista olímpica da história do esporte brasileiro. (Breno Barros/Rede do Esporte)
Brasileiro Italo Ferreira conquista a primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de Tóquio e a primeira medalha dourada do surfe, que estreia em Jogos Olímpico. (Jonne Roriz/COB)
Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro bicampeão olímpico do país, primeiro atleta sul-americano bicampeão olímpico em eventos individuais, recordista mundial do salto triplo cinco vezes e primeiro atleta a quebrar a barreira dos 16m no salto triplo. (Wikipédia)

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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