Redação

Postagem foi apagada horas depois.

O presidente dos EUA, Donald Trump, retuitou neste domingo (28.jun.2020) um vídeo no Twitter em que um adepto seu grita uma expressão considerada racista. A postagem foi apagada horas depois após ser condenada tanto pela oposição como pelo único senador negro do Partido Republicano.

As imagens mostram manifestantes contra e a favor de Trump gritando uns contra os outros. Depois que um manifestante chama um apoiador do presidente de racista, o homem responde levantando seu punho e gritando “white power” (poder branco), expressão usada no país sobretudo por grupos supremacistas brancos.

No tuíte, Trump escreveu: “Obrigado ao formidável povo de The Villages”, se referindo à região onde as imagens foram registradas.

“Não há dúvida de que ele não deveria ter retuitado isso, e ele deve apagá-lo “, criticou o senador Tim Scott, o único republicano negro do Senado, em entrevista à emissora CNN“Certamente, o comentário sobre o poder branco foi ofensivo”, acrescentou Scott. “É indefensável. Devemos retirá-lo.”

O Partido Democrata da Flórida acusou Trump de agradecer “supremacistas brancos” pelo apoio deles e apelou à população do estado que não votem no presidente nas eleições de novembro.

O vídeo, que Trump compartilhou com seus 82 milhões de seguidores, foi clicado cerca de quatro milhões de vezes. Depois das críticas, Trump apagou a postagem quatro horas depois.

Após o tweet ser apagado, a Casa Branca divulgou um comunicado afirmando que Trump “não escutou” o slogan em questão. Segundo seu porta-voz Judd Deere, o presidente só teria visto “o tremendo entusiasmo de seus muitos seguidores”.

No vídeo sem data, gravado numa comunidade para aposentados na Flórida visitada ano passado pelo presidente americano, tanto os manifestantes quanto os adeptos de Trump são idosos americanos brancos. Enquanto Trump é classificado de “racista” nos cartazes dos manifestantes antigoverno, seus apoiadores passam em carrinhos de golfe com placas da campanha de Trump, exibindo os dizeres “Trump 2020” e o slogan “America first”. Uma manifestante oposicionista veste uma camisa com o lema “Black Lives Matter” (vidas negras importam).

Desde a morte do norte-americano negro George Floyd, sufocado por um policial branco há mais de um mês, ocorrem protestos em massa contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos e no mundo.

Trump tem sido acusado de ter uma postura hostil em relação aos atos contra a injustiça racial que ocorrem no país após a morte de Floyd. (Fonte: DW)

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Rolling Stones querem processar Donald Trump por uso indevido de música

A banda britânica Rolling Stones ameaçou processar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se ele continuar a usar as músicas do grupo na campanha eleitoral.

Em comunicado, os músicos disseram que seus advogados estão agindo para garantir a proteção dos direitos autorais.

Trump usou a canção “You Can’t Always Get What You Want” em comício realizado  no  sábado retrasado (20.jun.2020) na cidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma. O republicano já havia feito isso na corrida presidencial de 2016, também em comício.

“Esta pode ser a última vez que o Presidente Donald Trump utiliza canções dos Stones”, destaca o comunicado da banda. “Apesar das indicações de cessação e desistência de Donald Trump no passado, os Rolling Stones decidiram tomar medidas adicionais para impedir a utilização das suas canções no futuro e em todas as suas ações de campanha”, acrescenta.

Não é a 1ª vez que músicos reclamam de produções usadas nas campanhas de Trump. Parentes  do cantor e compositor Tom Petty também tentaram impedir que o republicano continuasse a usar a canção “Won’t Back Down” em comício de Tulsa. Afirmaram que “Tom Petty nunca iria querer uma música dele usada para uma campanha de ódio”. (Fonte: Agência Brasil)