Redação

Quatro senadores disputam a presidência do Senado para os próximos 2 anos, com eleição prevista para o início de fevereiro. Anunciaram as candidaturas Simone Tebet (MDB-MS), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Novas candidaturas podem ser apresentadas até o dia da eleição.

O MDB lançou no último dia 12 o nome da senadora Simone Tebet (MS) para concorrer ao cargo. Atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), se eleita, ela vai ser a primeira mulher a presidir o Senado e o Congresso Nacional. A senadora defende a harmonia entre os Poderes, o fortalecimento das instituições e o papel decisivo do Legislativo. Reproduzimos no rodapé desta, o perfil da senadora elaborado pelo DIAP, na publicação “Os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional 2020: Uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes1.

“Nos momentos mais difíceis da nossa história, o Senado Federal e o Congresso Nacional acharam a saída dentro das instituições, dentro da democracia e do estado democrático de direito e agora não vai ser diferente”, afirmou a senadora, que disse receber a missão como um projeto não só do MDB, mas também do Senado e do Brasil.

Nesta terça-feira (19), foi anunciada a organização de nova Frente Democrática com Simone Tebet e Baleia Rossi (MDB-SP), que unificam o discurso dos candidatos independentes, fazendo com que as bancadas do MDB das 2 casas atuem juntas a partir de agora.

A senadora tem os votos da bancada do MDB, composta por 14 membros, mais o apoio declarado de senadores do Cidadania, Podemos e PSDB, entre eles os votos individuais de Lasier Martins (Podemos-RS), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), José Serra (PSDB-SP) e Mara Gabrilli (PSDB-SP), entre outros.

Simone Tebet é advogada e filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet (1936-2006). Ela iniciou a carreira política em 2002, como deputada estadual, após trabalhar 12 anos como professora universitária. Em 2004, foi a primeira mulher eleita para o executivo municipal e em 2008 foi reeleita para a prefeitura de Três Lagoas (MS). Também foi a primeira mulher a assumir o cargo de vice-governadora de Mato Grosso do Sul, na gestão do então governador André Puccinelli, em 2011. Foi ainda Secretária de Governo entre abril de 2013 e janeiro de 2014.

Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) lançou sua candidatura nesta terça-feira por meio de manifesto em que se compromete, entre outras questões, a garantir as liberdades, a democracia, as estabilidades social, política e econômica do Brasil, bem como a segurança jurídica, a ética e a moralidade pública, com respeito às leis e à Constituição. Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP) e também tem o apoio do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). Reproduzimos no rodapé desta, o perfil da senadora elaborado pelo DIAP, na publicação “Os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional 2020: Uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes2.

O senador ainda defende a unificação das instituições pelo bem comum, a pacificação da sociedade e a independência do Senado. Outro compromisso assumido foi o atendimento à crise sanitária do país em decorrência da Covid-19.

“Ter como foco imediato da atuação legislativa do Senado Federal, em virtude da pandemia e de seus graves reflexos, o trinômio: saúde pública — crescimento econômico — desenvolvimento social, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis e gerar emprego, renda e oportunidades aos brasileiros e brasileiras, sem prejuízo de outras matérias de igual relevância, que merecerão, a seu tempo, atenção e prioridade”.

O senador tem 44 anos, é advogado e foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, entre 2013 e 2015. Cumpriu 1 mandato como deputado federal por Minas Gerais (2015-2019) e foi presidente da CCJ (Comissão e Constituição e Justiça) da Câmara. No Senado, também atuou como vice-presidente da CTFC (Comissão de Transparência e Governança).

Rodrigo Pacheco já recebeu o apoio formal de 9 partidos: DEM (5), PT (6), PP (7), PL (12), PSD (11), PSC (1), PDT (3), Pros (3) e Republicanos (3).

Major Olimpio
O senador Major Olimpio (PSL-SP) anunciou que concorre à presidência do Senado. Ele justifica sua candidatura por entender que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem se aproximado do PT, que apoia a candidatura de Rodrigo Pacheco.

O parlamentar espera contar com o apoio do grupo que compõem o Muda Senado, mas reconhece que tem poucas chances.

“Vou disputar a eleição para presidente do Senado com a mesma sensação do time que entra em campo sabendo que o adversário tem vantagens (cargos e emendas) e tem o juiz como seu parceiro”, declarou em nota.

Kajuru
O senador Kajuru (Cidadania-GO) anunciou que também está na disputa pela presidência, mas adiantou que vai apoiar a candidatura de Simone Tebet.

De acordo com o senador, seu nome foi lançado como forma de “marcar posição” em pronunciamento que fará no dia da eleição como protesto à atual Presidência do Senado.

“Quando terminar eu direi o seguinte: não sou candidato, vocês aí podem ter melhores qualidades do que eu, mas vocês não têm uma qualidade que eu tenho: chama-se coragem”, afirmou.

Rito
Por causa dos riscos de contaminação da pandemia de Covid-19, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deverá anunciar nos próximos dias a data e horário da eleição da Mesa, após reunião com os servidores para avaliar os preparativos necessários. (Com Agência Senado)
____________
NOTAS

1 DIAP/Publicação | “Os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional 2020: Uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes” – página 76 – https://bit.ly/3sPJt4z
2 DIAP/Publicação | “Os ‘Cabeças’ do Congresso Nacional 2020: Uma pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes” – página 74 – https://bit.ly/3sPJt4z
Obs.: são os 2 candidatos que estão efetivamente na disputa pela presidência da Casa.

Fonte: DIAP