Redação

Pesquisa PoderData realizada de 7 a 9.dez.2020 mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro é desaprovado por 46% da população brasileira e aprovado por 43%.

Os percentuais tiveram leves variações desde o último levantamento, feito 15 dias antes. Mas todas as oscilações foram dentro da margem de erro do estudo, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os resultados de agora, no entanto, indicam que a perda de popularidade do presidente e de sua administração estancou depois de novembro, mês com avaliações adversas para o Planalto.

Esse movimento foi registrado no período mais intenso das eleições em 2020, com enérgicos movimentos nas campanhas e ataques constantes dos líderes municipais a Bolsonaro.

Depois do pleito, o clima nos municípios arrefeceu, e a taxa de aprovação ao governo teve leve variação positiva –mesmo que dentro da margem de erro.

A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 7 a 9 de dezembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 505 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS: AVALIAÇÃO DO GOVERNO

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo.

Os moradores das regiões Norte (60%) e Sul (55%) são os grupos que mais disseram aprovar a administração de Bolsonaro.

Já os que cursaram o ensino superior (64%), os moradores das regiões Sudeste e Nordeste (54% em ambos os estratos) e os que recebem mais de 10 salários mínimos (70%) são os que mais desaprovam.

TRABALHO DE BOLSONARO

PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

O levantamento mostra que 40% da população considera o chefe do Executivo “ruim” ou “péssimo”. O percentual é o mesmo registrado 15 dias antes.

Já os que acham Bolsonaro “ótimo” ou “bom” são 37%, ante 36% há duas semanas. 

AVALIAÇÃO POR FAIXA DE RENDA

Os mais ricos são, proporcionalmente, os que mais rejeitam o trabalho do presidente. Já entre os mais pobres, que recebem até 2 salários mínimos, as taxas de aprovação são mais altas. É nesse grupo que se concentra grande parte dos beneficiários do auxílio emergencial.

As variações são maiores em alguns segmentos porque a amostra de entrevistados é menor. E quanto menor a amostra, maior a margem de erro. Por isso é importante realizar pesquisas constantes, como faz o PoderData. É possível verificar com maior precisão o que se passa em todos os estratos da sociedade.

Os percentuais destacados nesses recortes da amostra total usada na pesquisa se referem ao ponto central do intervalo de probabilidade no qual se enquadram.

A margem de erro para cada segmento é superior aos 2 pontos percentuais calculados para o estudo completo, e varia de acordo com o grupo analisado.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

Leia abaixo os resultados completos, por sexo, idade, região, nível de instrução, região e renda:

OS 20% QUE ACHAM BOLSONARO ‘REGULAR’

No Brasil, pergunta-se aos eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Há 15 dias, na turma do “regular”, a aprovação do governo era mais alta (36%). Agora, é de 22%. A rejeição (desaprova) da administração federal nesse grupo desceu de 43% para 37%.

O alto percentual de indecisos no grupo pode indicar um “modo de observação”. Essas pessoas, sem um posicionamento claro, tendem de um lado para o outro de acordo com os acontecimentos. É uma forma de medir como anda a percepção dos brasileiros.


Fonte: Poder360