Por Siro Darlan –
Este é o tema, em 2021, da campanha internacional pelo 17 de maio, Dia Mundial de Enfrentamento a Lgbtifobia.
Para marcar a data, a Aliança Nacional LGBTI, em parceria com o Grupo Arco-Íris, Grupo Dignidade, com apoio da Rede Gay Latino, realizará o Seminário “Iniciativas para enfrentar a Lgbtifobia em tempos de Pandemia” para divulgar iniciativas e pensar estratégias comunitárias para enfrentar a discriminação contra a nossa comunidade, em um momento em que a Lgbtifobia avança ainda mais com a Pandemia da Covid-19.
O seminário, que será no dia 17/05 (segunda), de 9h30 as 13h15, poderá ser assistido pelos perfis no Facebook das entidades realizadoras.
Vem com a gente? Participe! Chame nas suas mídias sociais, divulgue. Precisamos ampliar nossa luta, e contigo a nossa corrente do bem seguirá firme contra a Lgbtifobia.
#17demaio
#EnfrentaALgbtifobia
E tem mais ação:
No dia 17 de maio, acontecerá também a Live “LGBTI vive”, que será um ato virtual em parceria com diversas entidades.
A atividade será de 18h30 as 21h, com atrações culturais e presenças de personalidades e falas de ativista de todo o Brasil.
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Rainha Elizabeth anuncia proposta para acabar com “cura gay”
A Rainha Elizabeth II anunciou, no primeiro grande compromisso desde a morte de seu marido, o Príncipe Philip, os projetos que o governo de Boris Johnson pretende aprovar nos próximos meses. No discurso, a monarca anunciou 30 planos para “entregar uma recuperação nacional” após a pandemia de Covid-19.
O ponto que mais chamou atenção foi o anúncio do compromisso do Parlamento em abolir a chamada “terapia de conversão“, que tem como objetivo mudar a orientação de um indivíduo. A prática é considerada pseudociência e se tornou proibida em diversos locais, como no Brasil.
O evento comumente é repleto de tradições e pompa, mas foi alterado em função da pandemia. Sem seu manto e coroa, a rainha apareceu com um simples vestido lilás acompanhada de seu filho, o príncipe Charles.
(Colaboração: Iluska Lopes, com Informações do Metrópoles)
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Nota de Repúdio Contra Mentiras e Calúnias Difundidas contra a CasaNem em grupos de Redes Sociais Por Alguns Moradores do Bairro do Flamengo e Adjacências.
A CasaNem vem informar que são mentirosas e caluniosas as postagens e áudios de moradores do Flamengo, Catete Glória, Centro e Lapa dizendo que tem uma gangue de travestis furtando/roubando na região armados de faca e que seriam da CasaNem, inclusive com pessoas dizendo que viram as pessoas cometerem esses delitos/crimes e entrarem na Casa.
Essas pessoas não vivem na CasaNem. Nem todas as pessoas LGBTIA + que vocês encontram na região vivem na CasaNem. Muito menos as pessoas que praticam furtos roubos e outros delitos.
Algumas pessoas LGBTIA+ que vivem nas ruas e praças da região já passaram pela CasaNem mas por não conseguirem conviver com nossa maneira colaborativa ,de não violência entre nós, de respeito ao local onde vivem e à vizinhança, não conseguem estar ou ser acolhidas no local e à algumas foi pedido que se retirassem da casa.
Portanto as informações passadas de uma gangue de ladrões que vivem ou se refugiam na CasaNem são falsas e caluniosas pra difamar o local e o trabalho que fazemos. Estamos juntando esses áudios e mensagens que colaboradores e voluntários nos enviam e estaremos denunciando como já fizemos outras vezes junto aos órgãos competentes.
A CasaNem tem horários de entrada e saída. Sendo a abertura às 8:00 h quando chega a primeira porteira e fechamento a partir de 23:30 h com meia hora de tempo até 00:00 h.
As pessoas da CasaNem saem somente para atividades da Casa tais como: Atos , protestos , debates, cursos , entrega de cestas básicas pra pessoas e cokunidades carentes , entrega de cobertores , roupas e alimentos a população de moradores de rua e/ou pessoas nessa situação.
A Casa é um local de acolhimento onde toda segunda-feira pela manhã tem o curso de inglês, terça-feira é dia de atendimento psicológico individual, quarta-feira tem curso de audiovisual / fotografia , projetação, quinta-feira tem atendimento psicológico com terapia de grupo, sexta-feira tem Capoeira de Rua com o pessoal de capoeira do bairro.
Além de todo o trabalho que a CasaNem fez desde o início da pandemia onde distribuiu em 2020 mais de 4 mil cestas básicas pra muitas pessoas necessitadas, inclusive pra cidades vizinhas.
Através de reunião puxada pela CasaNem em março de 2020 nasceu a REBRACA LGBTIA+ (Rede Brasileira de Casas de Acolhimento LGBTIA+) onde hoje contamos com 20 casas de acolhimento pra lgbtia+ espalhadas pelo Brasil que vem prestando auxílio não só à comunidade LGBTIA+ mas também pra algumas comunidades carentes nesse momento.
Através do ateliê CosturaNem em parceria com o ministério publico federal e Caritas Refugiados pudemos ter 80 pessoas externa aprendendo a modelar , cortar e costurar 3 mil e 200 máscaras de tecido pra proteção na pandemia gerando renda onde cada uma recebeu 800 reais pra produzir máscaras que junto às que recebemos doadas prontas (um total de quase 20 mil máscaras) foram e continuam a serem distribuídas à populações carentes.
Sem esquecer os animais dos moradores de rua atendidos com ração e alguns animais com lar temporário ( 3 gatos e 6 cachorros que agora já ficaram definitivo na CasaNem) que recebem atendimento veterinário da equipe de voluntários vet e atualmente encontram-se vacinados e castrados.
A CasaNem faz um trabalho que talvez as pessoas nem tenham conhecimento pois se preocupam apenas em atacar através de uma lgbtifobia sistêmica e estrutural.
Nesses mais de 6 anos do pré vestibular PreparaNem do qual a CasaNem é um desdobramento em mais de 5 anos de existência da casa , temos uma primeira turma com diplomas universitários e formações técnicas em fotografia e audivisual que renderam exposições no Brasil e exterior.
Temos hoje pessoas formadas na PUC que precisaram passar pela Casa, pessoas que passaram em concurso público, um enfermeiro que hoje trabalha na prefeitura , uma que se formou em farmácia fazendo atualmente medicina , pessoas trabalhando em mandatos de vereadores e deputados, pessoas cursando direito , assistentes sociais formadas, pedagoga , outra formada em Artes pela UERJ , uma a 4 anos trabalha na defensoria pública e as pessoas que conseguimos reinserir de volta às suas famílias e que hoje retornam a casa como voluntários pra ajudar como forma de agradecer o que receberam .
Outras pessoas LGBTIA+ foi necessário brigar com as famílias pra proteger.
A CasaNem em conjunto com a FIST ( Frente Internacionalista Dos Sem Tetos ) ao qual é filiada promove reuniões com formação politica pra ocupar espaços públicos e privados abandonados a anos promovendo assim moradia popular e abrigamento pra sem tetos e /ou moradores de rua onde nos reunimos inclusive com Dom Orani Tempesta pra tentar projetos conjunto com a igreja .
Encampamos também com as organizações citadas acima a luta por educação pública, contra as privatizações, luta por saúde pública e fortalecimento do SUS e nesse momento exigindo vacina pra todos.
Em conjunto com a Ocupação Benjamin Filho que promove o acolhimento de crianças e adolescente a CasaNem consegue enviar para esse outro espaço parceiro lgbtia+ menores de idade expulsos de casa e/ou abandonados pelos pais e pela sociedade em geral.
Temos também um trabalho conjunto com a FIOCRUZ no que tange a saúde da população LGBTIA+.
Trabalhamos através do Nudiversis em conjunto com defensoria pública , Secretaria Estadual de Direitos Humanos , Secretaria, SETRAB-RJ, Rio Sem LGBTIfobia entre outros órgãos.
Junto com ongs lgbtia+, ministério público do trabalho , OIT, Casa Poema e alguns artistas e a CasaNem teve no RJ o projeto Cozinha e Voz do qual muitas pessoas da Casa participaram e hoje fazem parte do Kuzinha Nem Vegan que é um projeto de culinária vegana no Palco Lapa 145 ( funcionando em delivery nesse momento ) pra produção e venda de comida vegana como geração de renda pra comunidade lgbtia+.
A CasaNem é de ideologia vegana promovendo também o cuidado e proteção aos animais abandonados.
Enfim é um trabalho intenso e necessário onde temos um sonho que espaços como a CasaNem se tornem apenas um local de memória não sendo mais necessário surgir esses espaços em uma sociedade justa, igualitária, solidária que respeite sua diversidade como um todo.
Enquanto essa sociedade for violenta e assassina contra LGBTIA+ onde pastores oram a um Deus pedindo nossa morte como no caso do ator /humorista Paulo Gustavo , por enquanto a CasaNem é necessária pra nos proteger dessa sociedade machista, racista, aporofobica, lgbtifobica, putofobica, capacitista, etarista, gerentofoba, aidsfobica, sorofobica, pscofobica, especicista, entre outras opressões que ela traz em sua estrutura e das quais precisamos nos defender , proteger e lutar contra.
A CasaNem é um símbolo de resistência.
Sabemos que vocês não nos querem entre vocês. Pra muitos é muita ousadia nossa ganhar do poder público uma casa em um bairro como o Flamengo e na beira da praia ainda onde vocês passam , destilam ódio e lhes obriga a lembrar sua lgbtifobia a todo instante. Para muitos nosso lugar não é ali e não deveríamos ter sequer o direito de existir .
Mas foi através de muita luta e de todos os serviços prestados citados nessa nota que provamos ao poder público que merecíamos um espaço.
Tínhamos muito medo de se mudar pro meio de vocês em uma casa que não nos dava a mesma proteção que tínhamos antes. Mas não tivemos opção.
Recebemos ameaças antes de se mudar pro local e já sofremos atentados que poderia ter sido fatal no qual a Kombi que usávamos pra distribuir alimentos , roupas , entre outras coisas e buscar doações teve o motor prejudicado pra provocar explosão mas foi percebido a tempo . O que levou a perda total do veículo.
A casa do advogado André de Paula e da advogada Bárbara que auxiliam juridicamente a CasaNem e FIST também foi atacada com com coquetel molotov destruindo a porta de entrada o que poderia ter sido uma tragédia com a morte de muitas pessoas com o fogo que se não tivesse sido contido se espalharia também pros prédios vizinhos.
Isso prova que muitas pessoas nazifascistas desse bairro odeiam quem luta pra melhorar essa sociedade e nos tirar da atual situação que esse desgoverno nos impôs.
Enquanto vocês vem com mentiras e calúnias nós entregamos verdades.
Enquanto vocês vem com ódio e nos provocar dor , nós devolvemos afeto, alimentos e sorrisos envolto em amor e cobertor pra nesse momento aquecer os necessitados.
Paz entre nós.
CasaNem-Casa Viva.
Indianara Siqueira
SIRO DARLAN – Juiz de Segundo Grau do TJRJ, Mestre em Saúde Pública e Direitos Humanos, membro da Associação Juízes para a Democracia, conselheiro Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo, conselheiro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa, colunista e membro do Conselho Editorial do jornal Tribuna da imprensa Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
MAZOLA
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