Redação

Cresceu nos últimos dias no mundo político a expectativa em torno do futuro de Luciano Huck. Segundo apurou a Coluna, é grande a possibilidade de o apresentador fazer em breve um gesto mais incisivo rumo à pré-candidatura a presidente do País, o que deve implicar no afastamento dele das atividades na TV Globo.

Huck é aguardado no DEM, mas as portas do Cidadania permanecem abertas a ele. Na avaliação de um aliado, Huck precisa dar um passo adiante e sair da mesma posição em que se encontrava no tabuleiro seis meses atrás, quando Jair Bolsonaro ainda surfava no auxílio emergencial e João Doria não tinha em mãos a vacina.

PLENO DEBATE – A queda de popularidade do presidente e a alta exposição nacional de Doria (PSDB) precipitaram ainda mais o debate eleitoral no centro e na direita.

O grande desejo hoje do grupo político de Huck é encontrar uma forma de acomodar DEM e PSDB numa mesma candidatura. Por isso, o nome de Eduardo Leite (PSDB-RS) passou a circular nas conversas (teria o apoio reservado de FHC).

Huck e o governador tucano do Rio Grande do Sul são amigos. Leite como vice do apresentador pode ser uma alternativa para tentar neutralizar o desejo de João Doria de se lançar à Presidência.

TEMPERATURA –  Segundo interlocutores do apresentador, o maior desafio (e talvez o mais difícil) de Huck já não é mais da ordem do “querer”: é viabilizar sua candidatura. Ainda sem prazos e acertos, está se mexendo para acomodar personagens sem pulverizar o campo do centro.

O fato é que Huck hoje está se jogando cada vez mais na candidatura: no último dia 15, quando foram registrados panelaços em diversas cidades contra Bolsonaro, fez live batendo panela.

Esse grupo político de Huck pela primeira vez começou a achar que Bolsonaro está em sérias dificuldades eleitorais. Em fevereiro de 2015, a avaliação negativa de Dilma Rousseff (PT) atingiu 44% no Datafolha. Segundo a mais recente pesquisa do instituto, Bolsonaro bateu agora nos 40%.


Fonte: Estadão