Redação

Enquanto Renan Calheiros (MDB-AL) antecipa detalhes de seu relatório final na CPI da Covid, senadores governistas dão sinais de que não cairão sem atirar contra os adversários oposicionistas. Entre outros petardos, vão insistir na atuação de Estados e municípios na pandemia, agora tentando endossar investigações para além do Senado.

Eduardo Girão (Podemos-CE) viajou recentemente até Natal para acompanhar sessão em que deputados da Assembleia do Rio Grande do Norte ouviriam o secretário-geral do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.

INVESTIGADO – Tratado como investigado na CPI local, Gabas obteve na Justiça potiguar o direito ao silêncio, frustrando a viagem de Girão e a audiência bolsonarista, que alardeava o depoimento nas redes. Nesta semana, a comissão estadual aprovou quebra de sigilos de Gabas.

Em Brasília, enquanto tentam coletar assinaturas para a abertura de CPMI no Congresso sobre as verbas federais nos Estados e municípios, governistas apostam em avalizar a criação da comissão antes do Natal para manter suas bases mobilizadas pelo tema.

“Estreitamos laços e vamos buscar a verdade sobre os respiradores negociados pelo Consórcio Nordeste”, disse Eduardo Girão à Coluna. “Vamos pedir o compartilhamento do que puder ser compartilhado sobre o caso.”

RESPIRADORES – Em nota, o Consórcio Nordeste informou que a aquisição de respiradores se deu em meio à falta de coordenação nacional no controle da pandemia e que as compras se sujeitaram a condições do mercado internacional, observando todos os requisitos legais. É um dos itens a serem investigados.

Por falar em CPI, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, um dos alvos do relatório de Renan Calheiros, tem despertado a curiosidade da comissão.

Como mostrou o Estadão, o ex-ministro completou quatro meses no Planalto com agenda vazia. Estaria ele em alguma missão secreta, tipo Agente 86? Ou simplesmente relaxando no cargo até o final da CPI?

Fonte: Estadão


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