Por Sérgio Cabral Filho –
Os Jogos Olímpicos de Paris foram abertos “comme il faut”. Diferente de tudo que o mundo já tinha visto. Fora dos estádios onde nos habituamos a assistir às aberturas de todos os Jogos Olímpicos de Verão.
Que aula de bom gosto, tradição e inovação. Ousadia em torno do coração da cidade mais bonita feita pelo homem: Paris! O rio Sena de passarela e seu entorno mágico. Nem mesmo os maiores cenógrafos do planeta seriam capazes de nos oferecer a Torre Eiffel, as Tulherias, o Louvre, o Grand Palais, enfim, Paris!
A abertura dos jogos é um dos eventos de maior audiência do planeta. Participei do início ao fim da conquista pelo Rio de Janeiro da disputa com Chicago, Madri e Tóquio pelo direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. O resultado, em 3 de outubro de 2009, em Copenhague, foi a maior diferença de votos da história olímpica entre duas cidades finalistas: 66 votos para o Rio e 32 para Madri.
Sei bem a complexidade de uma abertura olímpica. Assisti à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim e de Londres. Pude conviver e trocar muitas experiências com os gestores desses dois grandes eventos. Assim como convivi intensamente com os executivos e dirigentes do Comitê Olímpico Internacional na preparação dos Jogos Rio 2016. Não é fácil realizar os jogos olímpicos. Tarefa de uma nação. A França acaba de rejeitar o risco Le Pen e tudo que representa o pensamento da extrema direita contemporânea. Após esse feito, a França brindou o mundo ao exibir na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris a cidade reinventada no século XIX pelo Barão de Haussmann, sob a encomenda de Napoleão III. E que cidade!
Henrique IV, protestante, cunhou a frase “Paris bem vale uma missa” ao colocar os negócios acima da religião. Ernest Hemingway, gênio da literatura e do jornalismo, escreveu o delicioso “Paris é uma festa”.
Pois Paris vale uma abertura heterodoxa, vanguardista, inusitada e extraordinária. Pudemos assistir uma exibição de bom gosto e, sobretudo, um brado de liberdade aos direitos civis. De um país que nos deu a democracia moderna. O lema da Liberdade, Fraternidade, Humanidade.
Viva a França! Viva a era dos Jogos Olímpicos Modernos cujo idealizador foi o francês Barão Pierre de Coubertin.
SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.
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