Por Gabriel Fróes –

O ato pela comemoração dos 73 anos da Declaração Universal do Direitos Humanos, proclamado pela ONU no dia 10 de dezembro de 1948; mais os cem anos do eterno cardeal da cidade São Paulo, o corinthiano Dom Paulo Evaristo Arns; a campanha pelo Memorial dos Mortos pelo Covid-19, lembrando os mais de 600 mil brasileiros assassinados pelo genocida de plantão; e a árvore plantada no parque homenageando um dos batalhadores pela existência da atual Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns, o companheiro Sérgio Storch, uma das vítimas da pandemia, foi muito emocionante.

Criados em 1940, princípios de Direitos Humanos tornaram-se leis nas décadas seguintes, mas vem sendo cada vez mais desrespeitados. (Getty Images)

Militantes e ativistas de várias entidades de defesa dos direitos humanos de São Paulo estiveram presentes reconhecendo a importância nacional e internacional da data, a homenagem feita aos que morreram e aos que lutaram e continuam lutando pela dignidade humana. O ato aconteceu às 10 horas, no Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns, na capital paulista (avenida Cruzeiro do Sul, 2630, ao lado do metrô Carandiru), parque este construído no terreno onde o presídio do Carandiru, de triste memória, existia.

Foi nele que aconteceu o massacre dos 111 presos (esse número ainda é contestado, os assassinados pela ação violenta e assassina do batalhão de choque da Gestapo PM paulista pode ser quase o dobro deste número) no dia 2 de outubro de 1992, quando os soldados invadiram o presídio para debelar uma revolta na Casa de Detenção. Foi uma ação covarde, violenta e cruel onde os presos, sem poderem se defender, foram executados friamente em suas celas.

É considerado um dos maiores e piores massacres de prisioneiros no planeta…

GABRIEL PEREIRA FRÓES DE CASTRO é subeditor e membro do Conselho Editorial do jornal Tribuna da Imprensa Livre.


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NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.