Por Miranda Sá –
“A ética deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro” (Gabriel García Márquez)
Pouco familiarizado com a língua inglesa, papeando aqui, mimicando lá, lembrei-me aqui em Nova Iorque das minhas primeiras lições de jornalismo perdidas no demérito da imprensa atual, empresarial e politiqueira. Eram naquele tempo quatro “W”, agora são discutíveis cinco “W”.
O W que entra no esquema da reportagem correta, vem do inglês; as quatro interrogações que eram exigidas no meu tempo para uma informação completa eram who, (quem?); why, (como?); when, (quando?); e, where, (onde?). Veio depois, what, (o quê).
Com este bê-á-bá que o jornalismo norte-americano ensinou para o mundo da notícia, venho escapando aqui em Nova Iorque. Além disso, reforço a minha consciência de que a liberdade da imprensa nos EUA é sustentada por publicações independentes e os diários das cidades do interior.
Vejo também que o idealismo do jornalista subsiste aqui, embora os tentáculos da influência do dinheiro despejado pela Soros Fund Management cheguem a certas publicações, coincidentemente aquela ‘meia dúzia’ de três ou quatro jornais que são citados no Brasil pela mídia oposicionista.
O interessante é que as informações locais são sempre corretas e seguidas por todos numa megalópole como Nova Iorque. Embora os taxistas (na maioria indianos ou latinos) sejam apressados, obedecem às regras de trânsito.
O pedestre nunca desobedece aos sinais luminosos (quase nunca, corrigindo) atravessa a rua fora das faixas, e respeita o caminhar à direita e à esquerda nas calçadas e no metrô; o que surpreende quem vem do Rio de Janeiro…
Em locais de convivência, hall de hotéis, teatros, museus, bares, restaurante e parques as pessoas se cumprimentam, guardando o respeito à privacidade do outro. Nas lojas e supermercados observa-se duas coisas importantes: compra-se apenas o necessário e se nota preocupação com a economia, observando os preços das mercadorias.
A política aqui é mais intensa nas manchetes dos jornais escritos ou televisados (ainda não ouvi o rádio) e as manifestações não reúnem mais de 100 pessoas.
Desde ontem já se nota a atuação de segurança policial nas imediações do prédio da Onu, em preparação da próxima Conferência, quando cabe ao Brasil a sua abertura, que este ano terá o discurso do presidente Jair Bolsonaro.
É a primeira vez – e possivelmente a última – que venho a Nova Iorque, mas como sou enxerido, aconselho a todos que façam os que os populistas, auto assumidos representantes da esquerda brasileira adora fazer, vir aos Estados Unidos. Inimigos do capitalismo, lulopetistas dos cinquenta tons de vermelho veem observar as desgraças deste regime odiento, reforçando-lhes a convicção de que vale a pena manter a defesa dos paraísos cubano e venezuelano.
Estou vivendo, sem dúvida, uma experiência social emocionante, observando o comportamento consciente e disciplinado dos nova-iorquinos (aqui nascidos ou chegados de todos os quadrantes mundiais) em respeito ao outro.
Como velho jornalista que aprendeu a brigar pela informação correta, como um direito do povo, vou desligar o microfone e falar ao pé-de-ouvido dos amigos do Twitter, obedecendo ao princípio do “off the record” para uma confidência: O que vi de ruim não vou contar em respeito aos que me receberam com respeito e amabilidade…
MAZOLA
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