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Cada método de vinificação apresenta técnicas, conceitos e filosofias diferentes que resultam em rótulos bem característicos.

Que o vinho é elaborado a partir de uvas, isso todo mundo já sabe! Mas, assim como outros produtos do mercado alimentício, a bebida passou por uma série de transformações ao longo dos anos que garantiram melhorias em sua elaboração, como estudos aprofundados sobre terroir, uso de aditivos entre outras práticas.

A partir disso, criaram-se subdivisões conforme o método de produção da uva e da vinificação. Portanto, cada produtor passou a definir sua técnica de elaboração, seguindo conceitos e, principalmente, filosofias. Vale lembrar que todas as práticas enológicas são autorizadas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho.

Apesar de ter sido pintada em 1595, essa grande obra de Caravaggio, mestre do barroco italiano, só foi descoberta em 1913, esquecida no porão da Galeria Uffizi, em Florença. Além de retratar o deus da vinicultura e das festas (Dionísio, na mitologia grega, ou Baco, na romana), o quadro tem várias peculiaridades interessantes para quem é apaixonado tanto por arte, quanto por vinho. (Reprodução)

ORGÂNICA E BIOLÓGICA

Está relacionada com o cultivo da uva. Os vinhos utilizam frutas orgânicas, aquelas sem uso de tratamentos químicos sintéticos, tais como alguns fertilizantes e materiais geneticamente modificados, os chamados transgênicos.

NATURAL

Neste caso, os vinhos são elaborados com leveduras naturais da uva e do vinhedo. Há também a utilização de práticas enológicas, como controle de temperatura e o mínimo possível de intervenção com aditivos.

Os vinhos de vinificação natural estão em crescimento. De acordo com a gastrônoma e sommelière Michelle Landgraf, o movimento no Brasil começou em São Paulo, com a abertura da enoteca Saint VinSaint, que apresenta mais de 400 rótulos naturais em seu portfólio.

Este movimento preza pelo uso de insumos naturais, que forneçam saúde e benefícios ao consumidor. Porém, segundo Landgraf, este estilo da bebida ainda não é acessível a todos:

— A produção é pequena, portanto, os custos são mais altos. Por não fazer uso de aditivos corretivos na bebida, a perda da produção é muito maior do que a de uma vinificação convencional, aumentando, então, o preço final do produto.

BIODINÂMICA

Utiliza técnicas biodinâmicas na vinificação e no cultivo da uva — neste caso, há princípios da homeopatia e do calendário astronômico, que tem a lua como guia dos elementos da terra. É um dos mais antigos tipos de agricultura e, assim como os orgânicos, também tem um selo de certificação e de procedência.

VEGANA

Parece obvio, mas não é. Claro que o vinho é feito de uva, mas muitos produtos enológicos, como os clarificantes, são à base de insumos animais, como albumina do ovo e a própria gelatina. Em função disso, também há a certificação vegana de vinhos.

Vinho Laranja Natural Vegano Vita Eterna – Não passou por processo de filtragem nem clarificação. Fermentação expontânea com leveduras selvagens (encontradas na casca da própria uva). Composição (cepas/uvas): Chardonnay (100%), colheita no dia 04 de janeiro de 2021, em Pinto Bandeira – RS

CONVENCIONAL

Tem o uso de leveduras selecionadas, práticas enológicas, como controle de temperatura, uso de aditivos e de corretivos enológicos. Mas vale ressaltar que todas as práticas e técnicas são permitidas e regulamentadas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

INDUSTRIAL

As produções volumosas requerem padronizações, portanto, podem ser feitas com leveduras selecionadas, além de permitir o uso de aditivos enológicos e da técnica de pasteurização.

Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br

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