Por Bolivar Meirelles

O Exército Brasileiro deveria repudiar membros que sujaram as mãos com o sangue de brasileiros e brasileiras torturados no Regime Militar Ditatorial do pós Golpe de Estado de 1964.

O Capitão Bolsonaro e o General de Exército Mourão, no caso particular, o General subordinado ao Capitão na hierarquia do Poder Executivo.

Ambos defensores dos tenebrosos tempos em que as Forças Armadas se serviram ao Papel indigno de torturar, estuprar e assassinar em próprios militares.

Mancharam de sangue os quartéis de Forças em que seus comandantes, em todos os níveis, juraram, perante a Bandeira Nacional, “defender a Pátria, com o sacrifício da própria vida”.

Não existe outro termo, eu jurei e mantive meu juramento, os militares, em todos os níveis, atingidos por atos institucionais e, por isso, afastados da Forças Militares a que pertenciam, dignificaram seus juramentos.

Calhordas, calhordas, calhordas…infinitas vezes calhordas… os golpistas de 1964, os continuamente golpistas de hoje, Militares participantes do Governo de Extrema Direita do Capitão Presidente Bolsonaro e de seu subserviente General de Exército Vice Presidente Mourão.

Duas pústulas defensoras do sangue de brasileiros espargidos nas câmaras de torturas dos quartéis das Forças Armadas Brasileiras no período ditatorial dos Governos Militares ditatoriais no Brasil do pós Golpe de Estado de 1964.

A denuncia da Comissão Nacional da Verdade, tem de ser realimentada.

As Forças Armadas Brasileiras só voltarão a reassumir a sua dignidade, quando reconhecerem os crimes que praticaram contra o Brasil e o Povo Brasileiro.

“Levantai-vos heróis do Novo Mundo! Andrada, arranca esse Pendão dos ares! Colombo, fecha às portas dos teus mares!”, assim clamou o poeta da liberdade, Antônio de Castro Alves, em o Navio Negreiro.

Assim, as Forças Armadas Brasileiras tem de clamar frente aos criminosos dirigentes militares de hoje, o Capitão Presidente da República Bolsonaro e seu subserviente subordinado o General de Exército Mourão.

Esses, elogiosos ao ícone maior dos torturadores militares no Brasil, o Coronel Brilhante Ustra, maculam o Brasil, internamente e no exterior e, continuam manchando também, as Forças Armadas Brasileiras.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política e Presidente da Casa da América Latina.