Por José Macedo –
O titulo deste artigo foi inspirado no famoso conto do escritor e poeta, o dinamarquês, Hans Christian Andersen. Escolhi esse conto, porque se adequa, perfeitamente, aos dias atuais.
Diante de meus olhos, estão fatos, que me incomodam, como inquietam a qualquer cidadão de bem. Não escrevo para crianças, mas para adultos, que nos governam, que resistem em não ver sua nudez e de suas vestes imaginárias, morrem submissos ao egoísmo, soberba e enganos ou à comprovada insensatez. São os adultos, que persistem em seus erros, enganos e fantasias. Esses enganos e interesses levam à prática de crimes, justificando a si próprios, desde que estejam presentes as atrapalhadas fantasias como corretas. Para prosseguirem em seus guetos de vaidade e corrida enlouquecida, praticam atrocidades, mentiras, o outro não interessa e terá de ser eliminado. A sociedade das notícias falsas e da pós-verdade são seus desejos e ajudam a manter o status quo.
Os homens e mulheres, do século XXI, são soberbos, vaidosos, manipuláveis, vendem-se em troca de fatias do poder, não avaliam sua fragilidade e a efemeridade de seus atos. Nesse contexto, alimentam sua existência de falsas visões, perdem o senso da realidade, quebram regras, pautam-se por comportamentos duvidosos, enfim se perdem no imaginário. Homens e mulheres do século XXI traçam seus objetivos, buscam o poder, o prazer imediato, o hedonismo, importa resultados, para seus objetivos, aceitam qualquer ajuda até de impostores. Esses novos personagens prosseguem com suas maldades e interesses, não distinguem o bem do mal, desde que não contrariem suas ambições. Assim é que, ontem, pensei nas trapaças e do fim do ex-juiz, Sérgio Moro. Para o então juiz eram estendidos tapetes; frequentemente, era convidado e tinha acesso à grande mídia. Nessas ocasiões, de peito estufado, falava de seus feitos e deleitava-se diante dos microfones. Então, esse ex-juiz, diuturnamente, não se cansava de pavimentar caminho para a concretização de seus sonhos nos ímpetos de seu narcisismo. Sua nudez foi, aos poucos, aparecendo e seu traje foi descoberto, era ilusório. A mentira vestiu-se de verdade.
“Você pode enganar uma pessoa, por muito tempo; algumas, por algum tempo, mas não consegue enganar todos, por todo tempo”. (Abraham Lincoln).
Para a história do judiciário brasileiro, ontem, 23.03.2021, foi um dia de suma importância, a luz surgiu e, para que tem boa vontade e a virtude da probidade intelectual, a verdade apareceu. A nudez apareceu para todos, apesar de que, alguns persistam em permanecer em seu imaginário e obscuridade, acreditando no rei vestido, majestosamente. Essas pessoas, movidas por vaidades, não imaginam que, de seu lado, estão lacaios, bandidos e canalhas. Meu Deus, quanta ilusão, fragilidade e facilidade do ser humano, facilmente, influenciável por vendedores de ilusões! Aquele menino do conto, que gritou, “o rei está nu”, se vivesse nos dias de hoje, certamente, seria morto por milicianos e fanáticos. Assim, as falsas notícias arrastam milhões para o extermínio, para a destruição. As mentiras, Em 2018, elegeram um impostor, mas, com a pandemia,, sua omissão e desamor à vida, seu traje majestoso começa a ser identificado, é falso e mentiroso. Sérgio Moro e Jair Bolsonaro são produto desse tempo, dessa ilusão e mentira. Louvo os insubmissos, os que contrariam os poderosos e denunciam suas mentiras e notícias falsas. Os insubmissos são os reais agentes da história. Estes enxergam a verdade, mesmo que coloquem em risco sua integridade física. Muitos que detêm o poder, cultivam vaidades, não distinguem o bem da vida do mal, cercam-se de seus iguais malfeitores, ávidos de interesses e das migalhas que lhe oferecem.
Alguns fatos e coincidências levaram-me, desde cedo, a duvidar da decisão do ex-juiz, Sérgio Moro, juiz, dito competente para os processos da Lava Jato, que tivessem vinculação com a Petrobrás.
Eu me perguntava: Por que e quais o fundamentos jurídicos e processuais, para que os processos do caso Triplex e do sítio de Atibaia, distribuídos para a 13a. Federal Criminal de Curitiba? Posteriormente, descobrimos ser o Triplex, contabilizado como propriedade da OAS e hipotecado junto à Caixa econômica Federal! O então juiz Moro não tinha competência de fórum para julgar esses processos, pois os supostos “crimes” foram praticados”, em outro Estado e desvinculados da Petrobras. Meus questionamentos foram exaustivos, desde o início. Li o essencial ĺ dos processos, pareceres e não vou repeti-los, porque não cabem neste espaço. A parcialidade do então juiz restou reexaminada e comprovada, neste dia 23 03.2021, pelo STF. O réu, ex-presidente da República, foi condenado pelo então juiz Sérgio Moro, incompetente e parcial, a mais de 12 anos de reclusão, ficando preso por 580 dias. Obviamente, os danos decorrentes dessa condenação e prisão são irreparáveis e de difícil reparação. Quem não se lembra da prisão coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desnecessária e ilegal? Foi conduzido para depor no aeroporto! Foi um rapto, sim! Quem não se lembra da quebra clandestina do sigilo de suas ligações telefônicas? Quem não se lembra das delações premiadas, conduzidas em conluio, juiz e os procuradores. Quem não se lembra das audiências e interrogatórios do então juiz Sérgio Moro? São muitos e variados fatos e atos, praticados pelo ex-juiz, humilhando e submetendo o ex-presidente a constrangimentos públicos. O Sérgio Moro não foi capaz de reconhecer sua nudez, porque a vaidade, prepotência e ódio obscureciam sua mente doentia. Seu castelo, que era imaginário, caiu, era um herói de barro. O então ex-juiz e os procuradores de Curitiba, via o Coordenador da Lava Jato, Dallagnol, envolveram-se em promiscuidade e conluio para condenar o presidente. O governo Bolsonaro está em polvorosa. Não há dúvidas, o ex-presidente Lula foi vítima da criminosa parcialidade do então juiz Sérgio Moro, afastando-o das eleições de 2018. O julgamento do Habeas-corpus ficará nos anais da história do judiciário brasileiro, não foi um erro, foi parcialidade do juiz prolator da sentença.
O Sérgio Moro iludiu, por algum tempo.
Ontem, sua veste, embora rota e suja, ainda estava no imaginário, suas maldades foram mostradas, agora, está nu. A prisão do ex-presidente Lula fugiu de sua normalidade processual e do devido processo legal. A justiça não é vingança, mas reparadora. O então juiz, Sérgio Moro, desmoralizado, cai a empáfia, cai a estupidez do Sérgio Moro, tido por muitos probo e imparcial, sua máscara caiu. Pergunto, diante desse acontecimento, para onde vai o Bolsonaro, eleito, em função do crime praticado pelo então juiz? Houve promiscuidade e conluio entre Bolsonaro e Sérgio Moro, nos porões da obscuridade. Sempre disse: o Sérgio Moro pavimentou a vitória de Bolsonaro. Bolsonaro e Moro são “reis” nus e desesperados, desmascarados por suas ambições, ódio e vingança. Não acredito que as Forcas armadas queiram tutelar esse governo, apesar do caminho aberto, para que os militares assumam, totalmente, o poder. Ao Bolsonaro restam os neopentecostais, beneficiários, poucos militares, além dos milicianos.
A deusa Themis, símbolo da justiça, inteligente, imparcial e honrada, filha do deus céu e da deusa terra, está feliz, porque a justiça se fez presente, atendeu ao ouvir o grito: o rei foi desmascarado e está nu, suas vestes eram imaginárias, anunciadas para iludir. Sérgio Moro, no exercício da magistratura, produziu efeitos nefastos. Resta-nos aguardar os próximos capítulos. No momento oportuno, contarei. Pobre República!
JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
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