Por Ricardo Cravo Albin

“A imprensa livre será sempre um dos pilares de qualquer Estado democrático que se respeite.” – Merval Pereira, cronista político e Presidente da ABL

Em meio a tantas más notícias que por vezes ferem o decoro nacional, como as malversações agora reveladas no MEC, ou o bárbaro assassinato duplo na Amazônia, os círculos jornalísticos do país podem celebrar uma nota a consolar o coração inquieto de um país que se quer justo e em paz.

No mesmo dia em que toda a imprensa celebrou os 80 anos de Gilberto Gil – e aqui estou eu na linha de frente a puxar os aplausos para o nome exponencial da miscigenação racial em nome do nosso Dicionário da MPB on-line – também se soube que o Brasil se viu içado há poucos dias a um consolo: a confiança do seu povo nas empresas jornalísticas supera, eu enfatizo, SU-PE-RA, a média nacional.

O índice de que o Brasil pode se orgulhar é de 48%, seis pontos acima da média global, segundo o Relatório sobre Notícias Digitais de 2022, do Instituto Reuters. A pesquisa é de aquecer o coração, porque indica que a nossa imprensa é mais acreditada por aqui que a dos americanos (26%), franceses (29%), austríacos (41%), japoneses (44%) ou suíços (46%). Como se esperava, os finlandeses estão no topo do mundo (69%). Este fato singularíssimo, caros leitores, é especialmente animador pelo desafio tenebroso das fake news, ou seja, a súcia de desinformação e de mentiras que asfixia as redes sociais.

Outro dado a ser observado (e celebrado por nós): em 2021, o Brasil ficou em segundo lugar no percentual dos entrevistados (40%) que disseram ser assinantes de algum veículo de imprensa, (o primeiro lugar, com 44%, ficaria com Portugal). Esse levantamento certamente de muitíssimo interesse para a imprensa internacional foi feito em 46 países. Como todos deduzimos a pesquisa que reafirma a confiança dos brasileiros na sua imprensa ganha mais importância porque será um momento excelente de reflexão para que o Presidente Bolsonaro passe a ter mais apreço e mesmo admiração pelos nossos veículos escritos, falados e televisionados. No ano passado, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) contou 430 ataques a veículos de comunicação por parte do Governo Central. Agora, esperamos que o Presidente, frente às eleições, já desenhe outro procedimento de ação em relação a fatos provenientes de fontes seguras de informação. Todos nós aspiramos a ter um país sempre razoável face às opiniões do Chefe da Nação. Ninguém será capaz de querer o pior para o país que celebra 200 anos de independência no próximo 7 de setembro.

E, aliás, todos os que amamos de verdade o Brasil queremos celebrá-lo às vésperas de uma eleição que há de ser honesta. E cujo resultado todos temos o dever elementar de apoiar. E torcer a favor. Jamais contra. Ganhando ou não os candidatos nos quais votaremos.

P.S.1– Já está concluído um dos principais estímulos editoriais para bem celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil. Um inédito livro, acompanhado por precioso CD, Sabem quem estará sendo revelado como compositor do Brasil? O nosso Libertador Pedro I, Herói do Brasil, cuja obra de refinado autor de hinos patrióticos e de peças sacras destinadas à Igreja Católica causará grande surpresa ao mundo.

P.S.2– Explico logo os “porquês” ao mundo. O Livro Pedro I, revelado por sete dos melhores historiadores do Brasil, escolhidos pela curadora Mary Del Priore, será acompanhado por inédito CD com o melhor da obra do único compositor que as casas reais dos séculos XVIII e XIX produziram para o mundo.

P.S.3– O Livro + CD, patrocinado pela FAPERJ, será enviado pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro ao Itamaraty, que o distribuirá às Embaixadas do Brasil no exterior.

P.S.4– O lançamento oficial será um acontecimento em que o Estado do Rio, que abrigou a Família Imperial desde 1808 (Pedro I mal completara ao aqui chegar 10 anos de idade), celebrará o Bicentenário no Theatro Municipal, com missa solene, toda ela ponteada pelo “Credo” de Pedro I, com seus belos sete movimentos eclesiásticos em puro latim.

P.S.5– Caso o nosso estimado Cardeal Dom Orani não possa celebrar a Missa Solene, a organização pretende convidar o piedoso Padre Omar Raposo como oficiante.

RICARDO CRAVO ALBIN – Jornalista, Escritor, Radialista, Pesquisador, Musicólogo, Historiador de MPB, Presidente do PEN Clube do Brasil, Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin e Membro do Conselho Consultivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.


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