Redação

O novo ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, assume o Itamaraty após dois anos como chefe de cerimonial da Presidência da República – e após a tumultuada saída de Ernesto Araújo do comando da pasta.

França, no entanto, jamais assumiu nenhuma embaixada desde que entrou na diplomacia brasileira, nos anos 1990.

Em repositórios de pesquisas acadêmicas, França possui dois artigos e um único livro publicado, todos sobre sobre o mesmo tema: a integração elétrica entre Brasil e Bolívia. Ele viveu no país vizinho duas vezes. Também integrou a representação diplomática brasileira no Paraguai e nos Estados Unidos.

O diplomata Carlos Alberto França tem ocupado cargos de chefia de cerimonial nos últimos anos – primeiro no gabinete de Michel Temer, e depois no Ministério das Relações Exteriores, retornando ao Palácio do Planalto em janeiro de 2019. (Congresso em Foco)

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Congressistas reagem à minirreforma ministerial de Bolsonaro; leia o que dizem

Congressistas reagem ao desembarque de 3 ministros do presidente Jair Bolsonaro nesta 2ª feira (29.mar.2021). Desde comemorações pela saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, mais cedo, até críticas à intervenção presidencial nas pastas agora sem chefes.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, anunciou a saída do governo Bolsonaro. Foi a 2ª baixa na equipe de ministros no mesmo dia. Mais cedo, Ernesto Araújo pediu para sair da chefia do Ministério das Relações Exteriores.

Logo depois, o advogado-geral da União, José Levi, entregou ao presidente uma carta de demissão. Ex-integrante do Ministério da Economia e indicado por Paulo Guedes, ele foi o 3º a perder o cargo nas mudanças que Jair Bolsonaro está promovendo na Esplanada.

O presidente Jair Bolsonaro fará trocas em pelo menos 6 dos 22 ministérios. O Poder360 apurou que outras 3 pastas (Secretaria de Governo, Casa Civil e Justiça) devem ter novos titulares.

Ex-apoiadora do governo, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que a saída de Azevedo foi “recado importante”. Já o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), escreveu que a reunião de demissão do ministro da Defesa durou cerca de 3 minutos.

Já o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), declarou que ainda não é possível enxergar uma perspectiva de melhora nas pastas que tiveram seus ministros trocados.

“Entra ministro e sai ministro e a incompetência deste governo deve continuar em alta: faltam vacinas, medicamentos, leitos de UTI e, principalmente, falta o compromisso do governo com salvar vidas nesta pandemia. Infelizmente, a população deve continuar sofrendo porque não adianta trocar os funcionários do 2º escalão, quando o problema está no chefe deles”, disse.

Até as 18h45 desta 2ª feira (29.mar), nenhum dos filhos do presidente havia se manifestado pelas redes sociais ou através de notas sobre as mudanças na Esplanada. (Poder360)

Leia as reações:

  • Senador Alvaro Dias (Podemos-PR):

  • Deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP):

  • Deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP):

  • Deputado federal Ivan Valente (Psol-SP):
  • Deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ):


Fonte: Congresso em Foco e Poder360