Por Karlos Holanda –
Novembro é o mês mundial do combate ao câncer de próstata, que é o tipo de câncer mais comum em homens.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) um homem morre a cada 38 minutos vítima dessa doença. Aparece normalmente na terceira idade, já que cerca de 75% dos casos surgem a partir dos 65 anos. No Brasil tem se observado um aumento do número de casos, algo que pode ser justificado pela melhora dos métodos de detecção, aumento do fluxo de informação para a população, além do aumento da expectativa de vida de nossa população.
Mas afinal o que é a Próstata? É uma glândula que só existe no Homem, que pesa cerca de 20 gramas, e tem o seu tamanho e formato semelhante a uma noz, localiza-se abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, que é o tubo por onde a urina é eliminada. É responsável por produzir parte do esperma que é liberado durante o ato sexual.
Entre os fatores de risco, ou seja, que aumentam a chance de seu desenvolvimento, está a obesidade e o histórico familiar. Em sua fase inicial, não costuma apresentar sinais e/ou sintomas, porém quando começam a aparecer, em 95% dos casos, já estaremos diante de um quadro avançado, daí a importância do rastreamento, para detecção precoce, aumentando dessa forma as chances de cura. Como sintomas podemos citar:
– Aumento da frequência urinária
– Presença de sangue na urina e/ou no sêmen
– Dor ao urinar
– Disfunção erétil
Mas então como podemos realizar o diagnóstico precoce? Homens a partir de 45 anos com fatores de risco para a doença, e todos a partir dos 50 anos, devem procurar o um serviço de saúde para realizar o rastreio. Nessa consulta o toque retal realizado por um médico especialista, é capaz de diagnosticar cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, e deve ser associado ao exame de sague PSA (antígeno prostático específico), para auxiliar no diagnóstico. Há também outros exames que podem ser sugeridos no ato da consulta, caso haja alguma suspeita.
Com relação ao tratamento, depende do estadiamento da doença, ou seja, em que fase ela se encontra. Segundo o INCA há algumas possíveis formas de tratamento. Para doença localizada, ou seja, em que somente a próstata foi atingida, sem ainda ter chegado a outros órgãos, pode ser indicada a cirurgia, a radioterapia e até mesmo a observação vigilante. Já para doença que se espalhou para região próxima a próstata, a radioterapia ou cirurgia associada a tratamento hormonal são opções. Por fim, para doença metastática, onde já se espalhou para outras áreas do corpo, a terapia hormonal á normalmente indicada. Mas vale ressaltar que o tratamento será sempre individualizado, para que a melhor opção seja escolhida.
O mais importante, e que deve ser amplamente divulgado, principalmente pela campanha Novembro Azul, é que o melhor tratamento, é a prevenção e o rastreamento para detecção precoce. Dessa forma se permite o diagnóstico em uma fase em que o tratamento tem maior chance de cura, reduzindo a mortalidade pela doença. Cuide de você, e de quem você ama.
O Câncer de Próstata diagnosticado em fase inicial tem elevada chance de cura.
Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico – CRM 5276708-5, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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