Por Osvaldo González Iglesias

A influência de Friedrich Nietzsche na moral contemporânea e na perspectiva sobre o futuro da humanidade em relação à vontade de poder é considerável. Nietzsche propôs uma crítica à moralidade tradicional, que, segundo ele, limitava o potencial criativo e individualista do ser humano.

Nietzsche argumentou que a moralidade tradicional, baseada na religião e na filosofia do Iluminismo, era uma forma de escravidão que impedia os seres humanos de alcançar seu verdadeiro potencial. Segundo Nietzsche, a moralidade tradicional estabelecia uma distinção entre o bem e o mal, e essa distinção era utilizada para justificar o domínio de um sobre o outro.

Em vez disso, Nietzsche propôs uma moral baseada na vontade de poder, que se refere à força criativa e motriz que impulsiona os seres humanos para a realização de seu potencial individual. Segundo Nietzsche, a vontade de poder é a força motriz por trás da evolução da humanidade e é o que permite que os indivíduos alcancem seu verdadeiro potencial.

A influência de Nietzsche na moral contemporânea pode ser vista na crescente valorização da autonomia individual e da criatividade pessoal, bem como em sua crítica às instituições e estruturas sociais que limitam a liberdade individual.

Sobre a perspectiva sobre o futuro da humanidade, Nietzsche sugere que a vontade de poder é o que vai impulsionar a evolução da humanidade, e que essa evolução pode levar à criação de uma sociedade mais forte e criativa, mas também mais individualista, competitiva. Para Nietzsche, o futuro da humanidade depende de nossa capacidade de abraçar nossa própria vontade de poder e usá-la criativa e produtivamente.

O pensamento de Friedrich Nietzsche influenciou significativamente pensadores pós-modernos como Derrida e Foucault, que desenvolveram algumas de suas ideias centrais em seus próprios trabalhos.

Nietzsche é conhecido por sua crítica ao pensamento metafísico tradicional e sua defesa do perspectivismo, que sustenta que não existe uma única verdade objetiva, mas que todas as verdades são relativas à perspectiva a partir da qual são consideradas. Essa ideia foi adotada pelos pós-modernistas como uma crítica ao conceito de verdade universal e objetiva.

Por exemplo, Derrida desenvolveu a noção de “desconstrução”, que se baseia fortemente nas ideias de Nietzsche. Segundo Derrida, todas as ideias e conceitos são construídos sobre uma série de oposições binárias, como bem/mal, preto/branco, etc. A desconstrução trata de analisar essas oposições e mostrar que elas são arbitrárias e instáveis. Esta é uma forma de questionar a noção de verdade objetiva e universal.

Foucault, por outro lado, tomou emprestadas as ideias de Nietzsche sobre a relação entre poder e conhecimento. Segundo Nietzsche, o conhecimento é sempre produto do poder, e Foucault desenvolveu essa ideia ao afirmar que o poder está presente em todas as relações sociais e que as instituições sociais, como a cadeia ou o hospital, são formas de exercer o poder sobre as pessoas. Desta forma, Foucault desenvolveu uma crítica radical da noção de progresso e argumentou que as sociedades modernas são tão controladas quanto as sociedades pré-modernas.

Em conclusão, o pensamento de Nietzsche foi fundamental na formação do pensamento pós-moderno, particularmente na desconstrução e crítica do conceito de verdade objetiva e universal, bem como na relação entre poder e conhecimento. Derrida e Foucault são apenas dois exemplos de pensadores que desenvolveram essas ideias em seus próprios trabalhos.

Tradução: Siro Darlan de Oliveira. (Texto original)

OSVALDO GONZÁLEZ IGLESIAS – Escritor e Dramaturgo. Director do jornal eletrônico Debate y Convergencia, correspondente do jornal Tribuna da Imprensa Livre na Argentina.Radiografiara de una sociedad deprimida. (Como no agradecerle eternamente a Messi) - Debate y Convergencia

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