Por José Macedo

Costumo ir à Bíblia, esse livro documento histórico que, entendo, contém episódios de elevados ensinamentos para os esquisitos dias de hoje.

Não questiono sua origem e, se autênyico.

No início, viviam no Paraíso Adão e Eva.

A paz incomodava-os.

Eva, seduzida, influenciou Adão à desobediência, provocando a ira de Deus.

Eles foram sentenciados e, expulsos; do mesmo modo, as gerações, que os seguiram, herdaram subsequentes e eternos sofrimentos.

Somos, assim, vítimas de um ato de desobediência e da ira do criador?

Somos condenados, por toda eternidade!

Somos seres atávicos e gregários, por isso, marcados por eternos conflitos, entre o ódio e as agressões, apesar de necessitarmos de uns e de outros.

Nesse livro, o mais publicado, encontramos episódios fantásticos, que explicam muito o sentido de nossas vidas, prática condenáveis, incluindo mentiras, ódio, vingança, assassinatos e, também, bondade.

Trago a Bíblia a esse artigo pela importância desse livro, tão rico de fatos e curiosimidades, parecendo verossimilhantes, exemplo: os irmãos, Caim e Abel, José do Egito, o filho pródigo, João Batista, este, assassinado por não satisfazer os desejos sexuais de uma mulher e, Jesus, um preso político (entendo), assassinado pelo poder político da época.

Assim, estou convencido de que, o ódio, a agressão, a mentira, a inveja estão presentes em nossa história, inatos à natureza do ser humano, hoje, tempo da internet e da IA, disseminados, globalizados.

A extrema direita está de volta e seus influenciadores globarizaram-na, assustam, quando pensávamo-nos livres dela.

Um ledo engano!

O trumpismo e o bolsonarismo continuarão a atormentarmo-nos, mesmo após, o desaparecimento deles do cenário político.

Assim, ocorreu com Mussoline e Hitler.

O ser humano, destruidor, agressivo, cultiva o ódio, sobrevive, sem dúvida agride, apesar da lei e dos contratos.

Lembremo-nos dos filósofos contratualistas, Hobbes e Rousseau.

A lei é coercitiva e, através do ordenamento jurídico faz-se necessária, sob pena da impossibilidade da sobrevivência, tolerância e vida em sociedade.

O mundo, atualmente, é formado por 193 países, mais de 30 deles vivem em conflitos e guerras.

A população mundial é de 8 bilhões de pessoas, sendo que, 1/3 vive em conflito ou guerras.

Esta década assusta, segundo a ONU, como a mais violenta, depois da Segunda Guerra Mundial.

Os anos, 2018 a janeiro de 2023, o Brasil foi governado por um mandatário belicoso, confesso admirador da ditadura e da tortura, inimigo da democracia e do Estado Democrático de Direito.

Esse governante brasileiro acenou e incentivou conflitos, como o desejo de invadir a Venezuela.

Não foi reeleito, nas eleições, de 2022.

Por isso, incentivou seus seguidores, para desacreditarem no sistema eleitoral e no STF.

Então, amotinaram-se, em frente dos quartéis, pedindo intervenção militar.

Em 08 de janeiro de 2023, esses arruaceiros, inimigos da democracia, invadiram as sedes dos Poderes da República, depredando-as.

Nesse contexto de negacionismo de fascistoides, não houve golpe e a implantação de mais uma ditadura em nossa história, em virtude da resistência das instituições e de bravos brasileiros.

A extrema direita brasileira alia-se à extema direita internacional, ao trumpismo, à Ku Klux Klan, movimentos de cunho nazifascistas, racistas, misóginos, sexistas, identitários, inimigos da democracia, acreditam no autoritarismo, especializa-se na destruição e morte das democracias, aqui e no mundo.

Na primeira semana deste maio de 2024, três (3) deputados federais e um (1) senador viajaram aos USA, reuniram-se com parlamentares americanos, também, da extrema direita.

Que levaram em suas bagagens?

Quais temas foram discutidos?

Respondo: Falar mal do Brasil, de suas instituições, do STF e do governo.

Outra pergunta: Quem pagou essa viagem? Respondo.

Recursos da União.

Enquanto, esses doidivanas, malfeitores, viajavam, falavam mal da democracia e do Brasil, o Rio Grande do Sul estava embaixo d’agua e seu povo morrendo.

Mas, o que compensa e fortalece a democracia é que, o atual governo trabalha, parte de nosso povo é solidário, supera o ódio, supera agressões, procura a paz, a tolerância, elimina confliitos.

Lembro do passado recente, o Nordeste foi discriminado pelo Sul, sede do maior número de movimentos nazifascistas, o nordestino, rotulado de raça inferior, está sendo solidário, socorrendo e enviando donativos, nesse momento de sofrimento e de carência material.

Ditadura e Tortura, Nunca Mais!

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO

Tribuna recomenda!