Redação

José Benedito Pinto é Agente de Portaria da Proguaru (Guarulhos/SP). Às 9 horas, ele esperava, em paz, ato do Sindicato, que orientaria sobre as demissões em massa na empresa.

Casado, pai de um filho, trabalhador na Proguaru (de economia mista) há 21 anos.

A orientação dos diretores do Stap é pra ninguém assinar carta de demissão, pois a questão do encerramento da Proguaru está sob judice.

Natural que houvesse apreensão. O operário passou mal e caiu. Os Guardas Municipais o acudiram. Chegou o Samu. Os profissionais da saúde fizeram de tudo. Mas o companheiro, que trabalhava na empresa desde 3 de janeiro de 2000, não sobreviveu – seu corpo foi levado para a UPA Paulista (Jardim Paulista/Guarulhos – Rua Teixeira Mendes, 166).

A extinção da Proguaru, tramada na calada da noite em dezembro do ano passado, pelo prefeito que jurara manter a empresa, criou um clima de terror entre os empregados – mais de 4.6 mil, imensa maioria de operacionais (braçais), gente simples e pobre, salários de R$ 1.300,00/1.400,00.

A tragédia que estava no ar hoje desceu ao nível do chão e fulminou um trabalhador de 60 anos.

Esse crime tem autoria. O autor é Gustavo Henric Costa (Guti), prefeito que decidiu fechar a empresa, sem dialogar com o Sindicato, sem ao menos apresentar um programa de PDV. Esse caixão Guti vai carregar para o resto da vida.

O Sindicato vai tomar TODAS as providência cabíveis, legais, morais e legítimas.

Local – Aconteceu no CEU Continental, rua Alzimar Vargas Batista, 284, Parque Continental 2.

Fonte: Mundo Sindical


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NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.