Por Siro Darlan –
O Rio de Janeiro é uma cidade plural, mas seu gênero é feminino. Ela é maravilhosa.
Ao longo de seus anos tem imperado o comando do machismo estrutural e tradicional alternando boas e más experiências. Mas a vocação dessas cidade é para ter o comando de uma mulher. O povo carioca vai ter em 2024 a oportunidade de fazer respeitar a maioria democrática e eleger para tomar conta de nossa casa uma mulher. A mulher comprovadamente é capaz de cumprir com qualidade várias jornadas no lar, no trabalho ou em qualquer tipo de atividade. Sabe separar e gerar ações e realizar tarefas.
Mulheres de olhares apurados para estar diante de situações adversas. O preconceito que ainda assusta a sociedade ainda machista que rotula mulheres como Dona de do Lar e auxiliadora do homem precisa ser vencido. No século XXI sabe-se que a luta feminina para dizer que são capazes e têm competência para dirigir o povo de nossa cidade tem que estar atento, forte e vigilante para mudar sua história reconhecendo a capacidade da mulher de ser Prefeita do Rio.
Ter mulheres no poder é uma questão de contar com representatividade de uma parcela da população marcada por um passado de discriminações, lutas e dificuldades. Existem muitas conquistas, mas ainda é preciso mais equidade. Ter mais representatividade na vida pública, política e social. É isso que as mulheres ainda buscam, já que ainda hoje sofrem com discriminação e desigualdade de direitos. Ao longo da história, a mulher conquistou o direito a falar em público, ao voto, ao divórcio e até mesmo ao trabalho fora de casa. Mesmo assim, hoje, apesar de serem maioria na população, as mulheres ainda têm menos representatividade na sociedade, principalmente em cargos eletivos.
O Partido Democrático Trabalhista tem em sua história vários exemplos de primazia nas conquistas das mulheres, um exemplo, é o voto feminino que passou a ser permitido a partir de 1932, após Getúlio Vargas promulgar o decreto nº 21.076, que aboliu as restrições de gênero, autorizando todas as mulheres a votarem de forma facultativa, sem contar que algumas posições de destaque no mercado de trabalho, vida pública e sociedade foram ganhando discretos espaços. Os números das últimas eleições tem sido promissores, mas ainda longe da conquista da igualdade representada na população.
Por uma questão de justiça social, representatividade e eficiência da democracia é que precisamos de mais mulheres no poder, que justifica sua fala ao dizer que as mulheres são a maioria da população brasileira e a minoria nos estados de poder. Há um hiato na realidade democrática, que sendo a vontade da maioria, não pode aceitar que as mulheres sendo a maioria na população, continue sendo a minoria na representatividade popular e espaços de poder.
O Executivo e o parlamento têm a necessidade de ter mais mulheres no comando, pois as mulheres vivenciam questões individuais que apenas elas sabem como administrar, como exemplo a saúde da mulher, maternidade, amamentação, necessidade de creches, educação dos filhos, violência física, psicológica, sexual, entre outras, e apenas com o olhar feminino é que se pode perceber tais necessidades. Precisamos de mulheres no poder gerenciando o orçamento público dos governos nas esferas municipais, estaduais e federais para destinarmos recursos que financiem políticas públicas que atendam as demandas não só das mulheres, mas de toda a sociedade, pois as mulheres têm plena sensibilidade para isso.
Por muito tempo as mulheres foram caladas, sofreram inúmeras formas de discriminação que se refletem até os dias de hoje e poder colocar cada vez mais mulheres no poder é ter a possibilidade de pagar uma dívida histórica para evoluirmos como sociedade. Mulheres sempre foram vistas como as responsáveis pelo trabalho doméstico, pela criação e cuidados com os filhos, como a executora da alimentação da família e como a esposa doce e preocupada, no entanto, de modo silencioso, mulheres anônimas lutavam, e ainda lutam, diariamente para que este estereótipo do gênero feminino seja modificado. Para que as mulheres tenham conseguido chegar no patamar em que se encontram hoje, foram séculos de lutas e persistências e, apesar de haver grandes mudanças, ainda há muito o que lutar para que elas conquistem os mesmos privilégios dos homens.
A história feminina é marcada por dores, silêncio e sofrimento, no entanto, graças ao trabalho árduo de grandes mulheres conquistamos ganhos para toda a classe que se perduram até os dias atuais, entre eles, o direito de cursar faculdade (1879); a permissão para o uso de anticoncepcional (1960); com o Estatuto da Mulher Casada, as mulheres não precisavam mais de autorização do homem para trabalhar (1962); a possibilidade de pedirem o divórcio (1977); o direito a licença maternidade de 120 dias (1988); a inscrição impositiva de cotas de 20% de mulheres em chapas eleitorais (1996); a proibição da lei que permitia que homens exigissem a anulação do casamento caso descobrissem que a esposa não se casou virgem (2002); a criação da Lei Maria da Penha (2006); aprovação da Lei do Feminicídio (2015); a obrigatoriedade de ao menos 30% das candidaturas partidárias serem destinadas as mulheres (2018) e 30% dos fundos eleitoral e partidário serem reservados ao público feminino (2021).
Embora as estatísticas demonstrem um cenário desolador, muitas mulheres conquistaram seu lugar no poder com graça, elegância e determinação. Elas se tornaram ótimos exemplos para a sociedade e realizam ações extraordinárias no Brasil.
Aqui, as mulheres são a maioria quando o assunto é empreendedorismo. Segundo o “Relatório Executivo Empreendedorismo no Brasil“, do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), publicado pelo Sebrae, a taxa de empreendedorismo inicial feminino é igual à do masculino (23%).
O PDT está pronto para mais uma vez mostrar ser vanguarda no empoeiramento feminino apresentando uma pre-candidata á Prefeitura do Rio que tem liderança política, tradição de comando, foi chefe da Policia Civil do Rio de Janeiro e é deputada estadual há vários mandatos, ganhou visibilidade por seus projetos inovadores e sua coerência com as bandeiras da democracia e o estado de direito, tem excelente visão da política social e trabalhista, é criativa e valoriza as ações e o empoeiramento das mulheres, com foco nos cuidados com a educação e proteção à infância e a juventude, além de ser uma mulher moderna, visionária e empreendedora.
As mulheres e todos os cidadãos que quiserem dar ao Rio esse presente devem assumir o compromisso com Marta Rocha para Prefeita.
SIRO DARLAN – Advogado e Jornalista; Editor e Diretor do Jornal Tribuna da imprensa Livre; Delegado de Prerrogativas da OAB-RJ; Ex-juiz de Segundo Grau do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); Especialista em Direito Penal Contemporâneo e Sistema Penitenciário pela ENFAM – Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados; Mestre em Saúde Pública, Justiça e Direitos Humanos na ENSP; Pós-graduado em Direito da Comunicação Social na Universidade de Coimbra (FDUC), Portugal; Coordenador Rio da Associação Juízes para a Democracia; Conselheiro Efetivo da Associação Brasileira de Imprensa; Conselheiro Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo; Membro da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB-RJ; Membro da Comissão de Criminologia do IAB. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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