Redação

Sergio Moro admitiu “erro material” na emissão de nota fiscal que não tem nenhuma relação com os serviços prestados como consultor para a Alvarez & Marsal. Porém, a empresa deu outra versão para a revista Veja, responsável por dar a notícia em primeira mão.

Segundo a consultoria dos Estados Unidos, Moro “teve sua prática originalmente estruturada no Brasil na A&M Consultoria em Engenharia e em seguida foi transferida para A&M Disputas e Investigações”.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi provocado para poder apurar a história. A provocação é do deputado Rui Falcão e do Grupo Prerrogativas. Eles solicitaram que haja uma investigação sobre a vida financeira do ex-juiz. Um dos argumentos apresentados acabou sendo a emissão de nota fiscal.

O ex-ministro de Bolsonaro declarou que a contratação foi feita por meio da Alvarez & Marsal Disputas e Investigações. Só que o próprio ex-magistrado registrou ter recebido o pagamento de quase R$ 812 mil de outro CNPJ, o da A&M Consultoria em Engenharia Ltda.

Moro é alvo do TCU

Documentos do procedimento de apuração preliminar, feito pelo TCU, há apontamentos de que construtoras que fizeram acordos de leniência com o governo, como a Odebrecht, estão na lista de serviços prestados pela consultoria desde 2014.

Naquele mesmo ano, os brasileiros tiveram conhecimento dos problemas que ocorriam na Petrobras. A investigação quer saber se os valores pagos para a empresa dos Estados Unidos aumentavam conforme a operação Lava Jato avançava.

Se isso ficar comprovado, a apuração irá analisar se Moro usou do seu cargo para punir com maior rigor as empresas que contrataram a Alvarez & Marsal.

Tacla Duran detona firma de Moro: “Características de empresa de fachada”

Após revelar uma nota fiscal no valor de R$ 811.980, emitida pelo ex-juiz Sergio Moro à consultoria em engenharia da empresa Alvarez & Marsal, o advogado Tacla Duran disse hoje que a companhia tem “características de empresa de fachada”.

Em publicação nas redes sociais, Duran apontou algumas irregularidades cometidas pelo ex-ministro da Justiça. Ele mostrou que a Alvarez & Marsal é uma firma “sem comprovação e experiência efetiva de prestação de serviços e sem empregados registrados para prestar esse tipo de serviço”.

Segundo o advogado, os aspectos citados consistem em uma empresa de fachada, de acordo com as decisões do próprio Moro.

“Apesar do alto faturamento a empresa do Moro é nova, sem comprovação e experiência efetiva de prestação de serviços,sem empregados registrados para prestar esse tipo de serviço.São características de empresa de fachada conforme suas próprias decisões, não é, Sergio Moro?”, questionou Tacla Duran no Twitter.

Fonte: DCM


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