Por Ricardo Cravo Albin –
UM CONVITE
Muitos falam hoje da parcimônia com que o Bicentenário da Independência está sendo comemorado em país continental como o Brasil.
Por quê? É só dar uma olhada em celebrações iguais feitas por países como Estados Unidos ou França, quando se contabilizaram por lá centenas de folguedos que duraram toda uma semana e que envolveram o absurdo de 70% de suas populações. Nem careceria que eu confrontasse com os citados países acima, sempre orgulhosos de suas datas históricas – razão por que são de fato grandes nações. Basta voltar os olhos para o primeiro opulento centenário em 1922, quando uma grande Exposição Internacional no Centro Histórico do Rio ergueu quase uma nova cidade, além de demolir o Morro do Castelo. Hoje dessa memória centenária só restam a Academia Brasileira de Letras e o nosso MIS. Para bem se avaliar da timidez de 2022, cabe ressaltar, contudo, por parte do Governo Federal a chegada de uma urna de mogno brasileiro com “O Coração do Herói Binacional” em formol, guardado por dois séculos em igreja do Porto, de onde Pedro marcharia para Lisboa instalando sua filha Maria II como rainha de Portugal, depois de legar ao Brasil o infante Pedro II, o mais longevo dirigente que jamais tivemos.
Pois bem, o Rio de Janeiro literalmente resgatou a data-chave, com editais pontuais da FAPERJ para projetos, dos quais resultaram mais de vinte realizações. Inclusive um livro único de capa dura “Pedro I, Compositor Inesperado”, produzido pelo Instituto Cultural Cravo Albin, que o Estado do Rio enviará, via MRE-Itamaraty, para todas as nossas embaixadas no exterior. Certamente que Portugal deverá editar o livro histórico.
Sabem o segredo que este livro abriga? Três produtos em um único, a saber, acesso através de QR code e mais um CD físico com 18 peças/músicas escritas pelo inesperado compositor erudito Pedro I (como se sabe também autor do belíssimo Hino da Independência), um portfólio com dezenas de gravuras de época com retratos do Emancipador do Brasil desde criança. Na substância do livro, publicam-se ensaios inéditos curatelados por Mary Del Priore, com supervisão do Professor Doutor Giovanni Codeça, para os quais foram convidados oito dos mais conceituados historiadores da atualidade literária (facetas diversificadas de Pedro I são estudadas, como compositor inesperado, como pai de família, como constitucionalista e como guerreiro que impôs soberanos em dois países, os filhos Pedro II no Brasil e Maria II em Portugal).
O lançamento do livro “Pedro I, Compositor Inesperado” será nesta próxima sexta-feira, às 9:30h no Salão Assyrio, seguido de uma Missa Solene no mesmo Theatro Municipal celebrada às 11h pelo padre Omar Raposo (em honra a Pedro de Alcântara) com cerca de 2 mil convidados. E para qual todos vocês leitores estão sendo convidados, de acordo com a lotação do Theatro (2 mil pessoas).
Para reservar seu ingresso gratuito basta acessar o link abaixo que será direcionado para o evento no site do Theatro Municipal. Imprimir ou apresentar pelo celular na entrada do Theatro.
https://theatromunicipalrj.eleventickets.com/…
A missa gratuita será pontuada por música litúrgica composta por Pedro I em primeira audição mundial. A grande novidade histórica é que todos conheceremos na missa parte da obra de Pedro I, inclusive a executada pelo Coro da Princesa – Coral Oficial do Cristo Redentor.
P.S-1: O Padre Omar Raposo e sua equipe foram de exemplar solidariedade com os organizadores deste evento tão raro.
RICARDO CRAVO ALBIN – Jornalista, Escritor, Radialista, Pesquisador, Musicólogo, Historiador de MPB, Presidente do PEN Clube do Brasil, Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin e Membro do Conselho Consultivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2019 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do Jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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