Por Bolivar Meirelles

É total desconhecimento da finalidade dos militares entende-los como assassinos. Jair Bolsonaro, Eduardo Pazuello, esses Generais a serviço do Governo Bolsonaro, sim, estão matando e defendendo mortes. Médicos e profissionais de saúde também, por incompetência talvez, mataram e matam muito. Médicos e profissionais de saúde…existem, infelizmente, muitos bolsonaristas, defensores de mortes.

Militares foram preparados para defender a Pátria, seu Povo, o Patrimônio Nacional. Caso algum militar não cumpra sua finalidade, para a qual jurou a Bandeira nacional, é porque está em falha funcional.

Deveriam servir ao Estado Nacional. Enquanto esse existir, existirão Forças Armadas. Claro que na hipótese de entendermos a Pandemia do Novocoronavirus como Guerra, o inimigo seria a Covid 19 e não os atingidos pelo Vírus. Erro de militares e até de profissionais de saúde que invertem o alvo. Profissionais de saúde que indicam remédios inadequados, Cloroquina e remédio para Piolhos… equívocos bolsonaristas, estão defendendo a morte. Não é matar função de militares e de profissionais de saúde. Destruir o inimigo sim. Destruir o vírus sim. Fundamentalmente a infraestrutura do inimigo precisa ser destruída..

O inimigo pode ser um invasor, pode ser um vírus, o da Covid 19, por exemplo…

Matar não é foco nem de profissionais de saúde e nem de militares. Acontece sim mais mortes na esfera de ação desses profissionais. Como a Guerra de invasão territorial por outro país é rara, costumam até mais mortes acontecerem “nos braços” dos profissionais de saúde. “Parada Cardíaca”, provavelmente a mais quantitativa “Causa Mortis”. Matar não é, no entanto, finalidade nem de militares nem de profissionais de saúde.

Melhor revermos certos e “tortos” conceitos.

Militares e profissionais de saúde do bem devem estar unidos para o combate a Covid 19 e, aos militares e profissionais de saúde “bolsonaristas” a crítica é pertinente, são assassinos sim. Pela ciência, e pela boa medicina. Vivam os heróicos profissionais de saúde que lutam nessa guerra no “front” contra o exército da Covid 19!

Lembremos, no entanto que, quando houve o Golpe de Estado de 1964 no Brasil, a instituição que mais foi atingida pelos atos Institucionais golpistas, foram as próprias Forças Armadas Brasileiras. Militares Patriotas e legalistas, foram atingidos e os únicos que não reverteram ao serviço ativo nem por Anistia Política e nem após a Constituição de 1988.

Militares não foram feitos para matar. Depende de qual profissional seja, quer Militar ou de Saúde.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do Caminhando Jornal TV (TVC-Rio).