Redação

Estimativa de inflação sobe de 5,31% para 5,44%.

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela sétima semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,96% para 4,36%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB passou de 2,25% para 2,31%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (7), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, em Brasília, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,31% para 5,44%, na nona alta consecutiva.

A estimativa para 2021 supera o limite da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Para 2022, a estimativa de inflação foi ajustada de 3,68% para 3,70%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,75% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 para o final deste ano e de 2022.

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Sociedades limitadas impulsionam abertura de empresas, mostra pesquisa

O segundo mês de 2021 registrou a criação de 343.811 empresas no país, um aumento de 27,2% na comparação com igual período de 2020.

A abertura das empresas em fevereiro, último mês com dados consolidados, foi impulsionada pelo crescimento das sociedades limitadas, formadas por dois ou mais sócios, com elevação de 71,7%. Os dados, divulgados hoje (7), são do Indicador Nascimento de Empresas Serasa Experian.

Segundo o levantamento, o número de microempresas individuais (MEIs) criadas em fevereiro cresceu 30,1% e o de empresas individuais, 1,7%. Das 343.811 empresas abertas em fevereiro deste ano, 276,2 mil foram MEIs; 41,4 mil, sociedades limitadas; 12,5 mil, empresas individuais; e 13,6 mil, outros tipos.

“Abrir o próprio negócio no Brasil acabou se tornando um dos meios mais viáveis para geração de renda. Mesmo com um cenário delicado para muitas empresas do país, a estagnação negativa dos níveis de desemprego e o tempo mais curto da burocracia de abertura de empresas criam um ambiente que favorece a ideia de começar um empreendimento”, destacou o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.

Dentre as mais de 300 mil empresas abertas em fevereiro de 2021, o segmento que mais cresceu foi o do comércio, com alta com 37,8%, seguido da indústria, com 35,1%, e serviços, com 23%. No segundo mês do ano, foram criadas 231,8 mil empresas do setor de serviços; 81,3 mil do comércio; 26,6 mil da indústria; e 3,9 mil de outros tipos.

Por regiões, o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas em fevereiro, 179,2 mil, seguido pelo, com 60,3 mil, Nordeste, com 57,2 mil, Centro-Oeste, com 30,8 mil, e Norte, com 16,1 mil.


Fonte: Agência Brasil