Redação –
Como se já não bastasse a movimentação durante a manhã, operação continuou na parte da tarde.
A megaoperação policial realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou um rastro de vítimas, incluindo mortos e feridos, além de danos materiais e traumas para os moradores da região. As ações envolveram cerca de 500 agentes das forças de segurança, com suporte de veículos blindados, helicópteros e equipamentos para remoção de obstáculos.
Se durante a manhã já foi um caos para os moradores do Complexo do Alemão, a tarde, mesmo com alguns serviços “voltando ao normal”, a circulação de moradores ainda estava afetada. O barulho dos tiros manteve moradores presos em suas casas.
Uma casa foi alvo de uma granada lançada por um drone, causando pânico. Relatos de moradores mostram o impacto devastador das operações. Uma costureira, que mora há 50 anos na comunidade Chuveirinho, teve sua casa atingida por tiros que perfuraram paredes e eletrodomésticos.
https://youtube.com/shorts/xqTuP007BT0?si=ig4qDqUhS2JDegR2
Comércio e transporte público
Na parte da tarde, o comércio próximo à entrada para a Nova Brasília estava funcionando, mas forças policiais ainda estavam na rua leva à Praça do Conhecimento. Circularam vídeos de pessoas feridas sendo encaminhadas para UPA do Complexo do Alemão.
No transporte público, a Av. Itaoca, que esteve bloqueada na parte da manhã, estava liberada, com a circulação de ônibus. A Estrada do Itararé também está com fluxo normal. O Voz das Comunidades entrou em contato com a Rio Ônibus para detalhar a movimentação dos coletivos que, na parte da manhã, tiveram que alterar seus itinerários. Até o momento da publicação deste material, a organização ainda não tinha respondido.
Apesar da violência, moradores das comunidades se reuniram em uma manifestação pedindo paz e o fim das operações que colocam suas vidas em risco. Por volta das 16 horas, os tiroteios cessaram em Nova Brasília, foco das operações no Complexo do Alemão, com a retirada das equipes da Polícia Civil. Entretanto, conforme apuração do Voz das Comunidades, equipes do CORE ainda se encontravam na região da Nova Brasília.
Fonte: A Voz das Comunidades, por Larissa Xavier / Foto: Selma Souza
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