Por Biagio Marasciulo 

Aqui Itália…… Para você, Brasil !!! – Correspondência para todos.

Nos encontramos novamente, queridos amigos brasileiros, para uma nova correspondência da Itália; como vimos nos artigos das Regiões que compõem a Itália, nossa nação é um lugar muito variado, rico em diferentes cenários e ambientes naturais, cada um com características locais que muitas vezes se diferenciam umas das outras a partir das formas de linguagem; então, é precisamente sobre este aspecto que quero falar-vos, para que compreendais facilmente um fato histórico, nomeadamente que, indo de uma Região a outra, ouve-se falar um “Dialeto” que em muitas circunstâncias poucos conseguem compreender, mesmo que sejamos todos “italianos” e devamos usar a única língua oficial.

Línguas da Itália

Existem muitas origens dos dialetos falados em todo o país; derivam essencialmente do fato da Itália sempre ter sido uma terra de conquista de muitos “invasores”, mas a língua falada deriva diretamente da língua “latina”, assim como outras línguas como o francês, o espanhol e o português; são chamadas de línguas “românicas” ou “neolatinas” porque o latim original é uma língua normalmente falada na época do Império Romano, que ocupava uma enorme vastidão de territórios e, por isso, o latim era conhecido como um língua oficial; com a mudança dos acontecimentos históricos e o estabelecimento de novos estados, a língua mudou, se misturando com formas de dialetos falados nos vários territórios e também na Itália muitos dialetos nasceram da presença em várias áreas de populações de diferentes línguas, falado e derivado do grego, de albanês e línguas de origem eslava e germânica, bem como mudanças linguísticas de origem árabe; isso também ocorreu devido as invasões bárbaras e estrangeiras em todo o território italiano. Assim ao longo dos séculos, em todas as regiões da Itália, “dialetos” locais com diferentes assonâncias linguísticas tiveram suas origens e proliferaram.

Sardenha – Itália

Se viajarmos pela Itália do extremo norte ao sul e às ilhas da Sicília e da Sardenha, nos encontraremos ouvindo maneiras de falar com muitos “dialetos”; estas não são um “desvio” do italiano, mas são naturalmente consideradas as mais conhecidas historicamente, como verdadeiras “línguas” diferentes com origens geradas, como já foi notado, pelas línguas trazidas para a Itália pelas invasões dos vários povos que chegaram, no longo curso da história, mesmo em nossos territórios. Entre os “dialetos-linguagens” mais conhecidos, quer seja através do mundo musical, cinematográfico e cultural, encontramos o “romano” e o “napolitano”, mas também o “siciliano” e o “veneziano”; cada um com características fonéticas de diferentes espessuras, os dialetos falados na Itália representam sua própria “apresentação cultural” ligada a fatores regionais e históricos; de fato, no norte da Itália, os dialetos dispersos e muito diversos são hábitos de grupos e muito falados na família, enquanto a língua oficial italiana, que deriva do nobre dialeto “toscano-florentino”, tal feito por Dante Alighieri, reconhecido como o “pai” da nossa língua, geralmente é falado fora do “privado” e em todos os locais públicos ou de trabalho.

Mosaico satírico da primeira metade do século III encontrado em Tisdro (atual El Jem), no que era a África Proconsular, que faz lembrar um cartoon, onde nem sequer faltam os balões escritos em latim

No centro da Itália, os dialetos também são afetados pela popularização do dialeto “romano”, originário da capital italiana; os dialetos do sul, que são falados no sul e nas ilhas merecem outro discurso; estes conservam algumas expressões claramente derivadas das línguas faladas pelos povos que no passado constituíam grande parte da população e dos países mediterrânicos (Espanha, Portugal, Grécia, países dos Balcãs, Médio Oriente além da Turquia e do Norte África) ou da França e Alemanha. Ao concluir nosso exame literário dos dialetos italianos e suas origens, é fácil pensar que mesmo em todos os outros países onde as línguas “neolatinas” são faladas, a difusão das formas dialetais teve um caminho semelhante ao italiano; lembre-se de que também na Romênia, França, Espanha e Portugal existem dialetos regionais distintos. Em todos os países do mundo, da América Central à América do Sul, onde são faladas as línguas de formação hispânica, nota-se a presença de “dialetos” locais, mas o mesmo acontece no Brasil com a língua portuguesa, ainda que modificada. Em relação fonética ao original; os “dialetos” existem e mudam de estado para estado, do norte e nordeste para o sul.

Ruínas do Fórum Romano (em latim: Forum Romanum; em italiano: Foro Romanum) localizado no centro de Roma

Nós na Itália não temos dificuldade em distinguir nossos “dialetos” !!! Eles são tão diferentes que se compreende imediatamente a origem do falante; alguém pergunta se estamos felizes com os “Dialetos” ??? Sim, orgulhamo-nos de expressar cada um de nós a sua própria identidade regional, graças à “cadência” dos nossos dialetos! Experimente perguntar a um napolitano, siciliano ou romano se o que eles falam é um “dialeto”: eles responderão que não é um dialeto, mas uma verdadeira “LÍNGUA” !!!

Aqui Itália, para você Brasil! ATÉ-LOGO – Abraços !!!

Correspondência da Itália para TRIBUNA DA IMPRENSA LIVRE de Biagio Marasciulo – Tradução do texto de Miguel Antinarelli. Reprodução PROIBIDA.

QUI ITALIA, … A VOI BRASILE !!! – Corrispondenza per TUTTI

Biagio Marasciulo

Ci ritroviamo, cari Amici Brasiliani, per una nuova corrispondenza dall’Italia; come abbiamo potuto constatare nei racconti delle Regioni che compongono l’Italia, la nostra nazione è un luogo molto vario, ricco di scenari e ambienti naturali diversi, ognuno con delle caratteristiche locali che spesso si differenziano uno con l’altro a cominciare dalle forme di linguaggio; ecco, è proprio di questo aspetto che voglio parlarvi, perché possiate comprendere facilmente un fatto storico, e cioè che andando da una Regione all’altra si sente parlare un “Dialetto” che in molte circostanze pochi riescono a capire, anche se siamo tutti “Italiani” e dovremmo usare l’unica lingua ufficiale. Molte sono le origini dei dialetti parlati un po’ in tutto il territorio nazionale; essi derivano sostanzialmente dal fatto che l’Italia è stata da sempre terra di conquista da parte di tanti “invasori”, ma la lingua parlata deriva direttamente dalla lingua “latina”, come pure altre lingue tipo il francese, lo spagnolo e il portoghese; si chiamano lingue “romanze” o “neolatine” perché il latino originario è una lingua che si parlava normalmente al tempo dell’Impero Romano, che occupava una vastità enorme di territori e, quindi, il latino era conosciuto come lingua ufficiale; col mutare degli eventi storici e la determinazione di nuovi Stati la lingua cambiò assumendo mescolanze con forme di dialetti parlati nei vari territori ed anche in Italia molti dialetti nacquero dalla presenza in varie zone di popolazioni provenienti da lontano con lingue parlate e derivate dal greco, dall’albanese e da lingue di origini slave e germaniche, oltre a cambiamenti linguistici di origine araba; questo si verificò anche per le invasioni barbariche e straniere in tutto il territorio italiano. Ed ecco che col passare dei secoli in ogni Regione d’Italia ebbero origini e prolificarono “dialetti” locali con assonanze linguistiche diverse.

Se percorriamo l’Italia dall’estremo nord al sud ed alle isole di Sicilia e Sardegna ci troveremo ad ascoltare modi di parlare con tanti “dialetti”; questi non sono una “devianza” dell’italiano, ma sono considerati, naturalmente quelli più storicamente noti, come delle vere e proprie “lingue” diverse con origini generate, appunto come già annotato, dalle lingue portate in Italia dalle invasioni dei vari popoli giunti, nel corso lungo della Storia, proprio nei nostri territori. Tra i “dialetti-lingue” più noti, sia attraverso il mondo musicale, che quello cinematografico e culturale, troviamo il “romano” ed il “napoletano”, ma anche il “siciliano” ed il “veneto”; ognuno con caratteristiche fonetiche di diverso spessore, i dialetti parlati in Italia rappresentano la propria “presentazione culturale” legata a fattori regionali e storici; infatti nel nord Italia i dialetti sparsi, e molto diversi, sono abitudini di gruppi e parlati molto in famiglia, mentre la lingua ufficiale italiana, che deriva dal nobile dialetto “toscano-fiorentino”, reso tale da Dante Alighieri che viene riconosciuto come il “padre” della nostra lingua, è abitualmente parlata all’esterno del proprio “privato” e in tutti i luoghi pubblici o di lavoro. Nel centro dell’Italia i dialetti risentono anche della divulgazione del dialetto “romano”, originario proprio nella Capitale italiana; altro discorso, invece, meritano i dialetti meridionali che si parlano nel sud e sulle isole; questi conservano alcune espressioni chiaramente derivate dalle lingue parlate dai popoli che ne componevano nel passato una larga parte della popolazione e provenienti da Paesi del Mediterraneo (Spagna, Portogallo, Grecia, Paesi Balcanici, Medio Oriente fino oltre la Turchia e Nord Africa) oppure dalla Francia e Germania. Nel terminare questa nostra disamina letteraria sui dialetti italiani e le loro origini, viene facile pensare che anche in tutti gli altri Paesi in cui si parlano lingue “neo-latine” il diffondersi di forme dialettali abbia avuto un suo percorso simile a quello italiano; ricordiamo che anche in Romania, Francia, Spagna e Portogallo esistono dialetti regionali ben distinti. In tutti i Paesi del Mondo, dal Centro America al Sud America, ove le lingue di formazione ispanica vengono parlate, è nota la presenza di “dialetti” locali, ma la stessa cosa avviene in Brasile con la lingua portoghese, seppur modificata nella fonetica rispetto all’originale; i “dialetti” esistono e cambiano da Stato a Stato, dal nord e nord-est al sud.

Roma, a capital da Itália, é uma cidade cosmopolita, enorme, com quase 3.000 anos de arte, arquitetura e cultura influentes no mundo todo e à mostra

Noi in Italia non facciamo fatica a distinguere i nostri “dialetti” !!! Sono così diversi che si comprende subito la provenienza di chi parla; qualcuno si chiede se siamo contenti dei “Dialetti” ??? Sì, siamo orgogliosi di esprimere ognuno di noi la propria identitaria provenienza regionale grazie alla “cadenza” dei nostri Dialetti ! Provate a chiederlo ad un Napoletano, oppure ad un Siciliano, o Romano se quello che parlano è un “Dialetto” : vi risponderà che non è un Dialetto, ma una vera “LINGUA” !!!

Qui Italia, a Voi Brasile! ATE’-LOGO . Abraços !!!

Corrispondenza dall’Italia per la “TRIBUNA DA IMPRENSA LIVRE” – Rio de Janeiro (BRASIL) – di BIAGIO MARASCIULO – Padova (ITALIA) – Traduzione di MIGUEL ANTINARELLI.

BIAGIO MARASCIULO – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional na cidade de Pádua, Itália. 

MIGUEL ANGELO ANTINARELLI –  Tradutor e representante internacional em Roma, Itália. Engenheiro Eletrônico com especialização Pós-Universitária em Engenharia Industrial na Itália. Atuou como bolsista do governo italiano em pesquisa científica na área de Engenharia Biomédica na Universidade de Nápoles (ITA). Além da Itália morou na Alemanha, Estados Unidos, Japão e trabalhou em multinacionais como a Texas Intruments, Goddyear e AGC Asahi Glass.


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