Por Emanuel Cancella

“Os dois integrantes do Governo Bolsonaro mantêm contas no exterior apesar da importância de seus cargos, o que pode configurar conflito de interesses”(1)

“Criaram empresas em paraísos fiscais e nunca informaram sobre isso à opinião pública, apesar da relevância de seus cargos” (1).

Guedes, que comparou funcionário publico a parasita (2), possui na empresa do paraíso fiscal depósito de US$ 9,5 milhões de dólares.

“E Campos Neto assinou uma resolução que dispensa os contribuintes de declararem ao Banco Central os seus ativos no exterior em valores inferiores a um milhão de dólares.

 Isso deixou fora do radar quase 40.000 pessoas das estatísticas do banco. “Em nota, o BC diz que as pessoas e empresas com negócios no exterior continuam obrigados a declarar suas contas à Receita, mas a medida passa a ocultar da sociedade um dado que antes era público” (1).

Guedes, assim como Campos Neto, já participaram da tomada de decisões que, de alguma forma, influenciaram nos seus próprios investimentos fora do Brasil (1).

Lembrando que Paulo Guedes, quando assessor de Bolsonaro, deu rombo bilionário em fundo de pensão. E, mesmo sendo réu, foi nomeado ministro da Economia de Bolsonaro, para isso contou com a omissão criminosa da operação Greenfield que investiga os Fundos de pensão (5).

Lembrando que a operação Lava, chefiada pelo ex juiz Sergio Moro, numa manobra criminosa, impediu Lula de ser ministro de Dilma (6).

Jeferson Miola: Juros altos do BC custaram R$ 410 bilhões a mais para o Tesouro em 2021 e 2022 (4)

Decisão do presidente do BC, Roberto Campos Neto, tornou sigilosos os valores movimentados nessas contas de paraísos fiscais, como Guedes e Campos já se beneficiaram de decisões de alguma forma influenciaram nos seus próprios investimentos, não podemos saber, por exemplo, se esses R$ 410 BI do Tesouro engordaram suas próprias contas e de outros membros do governo.

Por que será que Paulo Guedes e Roberto Campos escondiam da sociedade suas empresas em Paraíso Fiscal?

Fonte:

1 – https://brasil.elpais.com/pandora-papers/2021-10-03/ministro-paulo-guedes-e-presidente-do-banco-central-roberto-campos-neto-sao-donos-de-offshore.html

2 – https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/02/07/paulo-guedes-compara-servidores-publicos-com-parasitas.ghtml

3 – https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/02/07/paulo-guedes-compara-servidores-publicos-com-parasitas.ghtml

4 – https://www.viomundo.com.br/politica/jeferson-miola-juros-altos-do-bc-custaram-r-410-bilhoes-a-mais-para-o-tesouro-em-2021-e-2022.html

5 – https://www.feebpr.org.br/noticia/pf-mira-paulo-guedes-em-investigacao-por-crime-de-fraude-bilionaria-em-fundos-de-pensao-estatais

6 – https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/09/11/gravacao-que-impediu-lula-de-ser-ministro-foi-manobra-criminosa-afirma-humberto

EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

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