Por Bolivar Meirelles

Ambos tem seus admiradores. Que os tenham mas saibam que, autoritários, fascistas. Estado Novo já sinaliza a admiração de Getúlio por Salazar. Esse, Professor, reacionário, fascista. Admirar fascista não é a minha arte. Haveria Salazar de ter seu Filinto Muller, protótipo de “Ser” desumano a serviço da crueldade. Ora, Getúlio, não sabia você que juntas de mãos revolucionárias estavam sendo quebradas por “quebra nozes” acionados por perversidade de instrumentos da Gestapo a serviço do capitão Filinto Muller expulso da coluna Invicta comandada por Luiz Carlos Prestes e Miguel Costa, duas personalidades que não precisam de títulos pelo fato de serem maiores que qualquer deles.

A Polícia Política Brasileira está a claro para bom entendedor.

Salazar, Franco, Hitler e Mussolini, mais distantes, porém, bastante estudados e muito veiculadas suas artes de torturadores. Esses estrangeiros e Getúlio Vargas no Brasil, Ernesto Geisel também, podem ser “nacionalistas pendulares” mas,… ignóbeis torturadores. Torturadores sim. Getúlio Vargas e sua Polícia Política torturaram muito, muito mesmo, os revolucionários Internacionalistas. Tortura cruel. Filinto Muller a frente. Fornos crematórios sem fogo. Ernesto Geisel mandou executar inimigos políticos nas cadeias. Dentro de quartéis do Exército, Marinha e Aeronáutica. Demitia os “incompetentes” no exercício da tarefa. Exterminar os “quadros dirigentes” do PCB, Partido Comunista Brasileiro, o Partidão, ordem de Ernesto Geisel. Sim. De Ernesto Geisel. Matar todos os que, por competência adquirida em anos de luta libertária, por uma Sociedade justa e igualitária, poderiam, no pós Governos Militares ditatoriais, exercitar competente política defensora dos interesses do Povo Brasileiro. Matar se preciso for. Forma cruel e torturante. Geisel, tenente aprendiz no Estado Novo, General “Presidente”. Dutra, Góes Monteiro, Filinto Muller. Atrás desses o vivaz Getúlio Dornelles Vargas. Sim, Getúlio e Geisel, duas excrescências. Dois fascistas. Dois torturadores. Dizer que, algum viés nacionalista. Sempre pendular, os salva perante a história? Difícil. Um dia o julgamento será inevitável. Os dois no Panteon dos Torturadores internacionais. Faltam os dois no Tribunal de Nuremberg. Hitler, Mussolini, Franco, Salazar, ícones internacionais mais conhecidos de torturadores, estupradores e assassinos, virão buscar Getúlio Vargas e Ernesto Geisel também. Seus “contra pesos” não serão esquecidos, Filinto Muller e o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

A memória tem de ser, sempre, reavivada. Olga Benário presente! Vladimir Herzog presente! Getúlio Vargas e Ernesto Geisel, o Tribunal de Nuremberg lhes espera.

Em memoria dos presos e torturados no Estado Novo e nos governos ditatoriais militares implantados pelo Golpe Empresarial, Imperial Norte Americano no Brasil, 21 anos de irresponsabilidade, estupros, torturas e assassinatos. Herdeiros do Estado Novo, do Nazifascismo e da Escola de Tortura Norteamericana. Professores dos assassinos pela desestruturação da Saúde Pública Brasileira nos tempos da Covid 19 pelo Capitão Presidente Jair Bolsonaro, General Eduardo Pazuello e Generais coparticipantes desse Governo assassino.

Tribunal de Nuremberg tem, suficiente elasticidade para recebê-los também.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do Caminhando Jornal TV (TVC-Rio).