Por Iata Anderson –

A 26ª rodada foi muito boa para o Palmeiras, que voltou a vencer, está 8 pontos à frente do Internacional, que derrotou o Cuiabá por 1×0 e ultrapassou a dupla Fla/Flu, boa recuperação dos gaúchos.

Assim como aconteceu nas quartas de final da Copa do Brasil, Fluminense e Fortaleza protagonizaram mais um grande jogo na noite de sábado. E, repetindo a história do mata-mata, o time carioca também levou a melhor, ao vencer por 2 a 1 no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Cano foi decisivo uma vez mais, anotando os dois gols dos tricolores: o primeiro aos 10′ de jogo e o segundo também aos 10′, do segundo tempo. Galhardo descontou para o Leão aos 5′ da segunda etapa. O Flu voltou a vencer depois de três jogos (dois pela Série A) e ficou provisoriamente em terceiro lugar da tabela, com 45 pontos, caindo uma posição com o empate do Flamengo. Depois de começar o returno vencendo cinco jogos em série, o Fortaleza perdeu a segunda seguida, foi ultrapassado pelo rival Ceará e não conseguiu se distanciar da zona de rebaixamento, caindo para o 13º lugar, com 30 pontos. No Estádio Nilton Santos – “Niltão” é horroroso, soa mal, total desrespeito a um dos maiores jogadores do futebol mundial – domingo de manhã, o Botafogo não conseguiu emplacar duas vitórias seguidas, mesmo tendo chutado 20 vezes a gol, contra 12 do América Mineiro, que ficou em 8º lugar na tabela com 36 pontos e invencibilidade de oito jogos. Jogadores brasileiros estão muito mal nesse fundamento, errando um espaço enorme (17,86 metros quadrados) quase sempre por cima das traves. Fechando a rodada o Flamengo foi a Goiânia enfrentar o Goiás, muito bem treinado por Jair Ventura, arrumadinho, cheio de vontade de tirar a invencibilidade de 17 jogos dos cariocas, em grande fase, em duas finais, brigando para alcançar o Palmeiras. Mais um time misto, muito sofrimento e quase deixa os três pontos que acabariam, de vez, como sonho de mais um título brasileiro. Empatou no finalzinho, às custas do Var, que decidiu por um gol duvidoso, que vai dar muito papo para a turma do secador.

Nas cadeiras, prestigiando o filho, Jairzinho (abaixo), o maior jogador da Copa do Mundo de 1970, festa do tri.

As melhores ações técnicas do Vasco continuam saindo dos pés, ou melhor, do pé esquerdo de Nenê, ainda o melhor jogador do time, muito acima dos outros. E o Vasco acumulou a sétima derrota seguida, fora de casa, no retorno de Jorginho ao ser derrotado pelo Grêmio, em Porto Alegre. Um jogo bom, durante 15 minutos, mais nada, depois da virada o “imortal” ficou satisfeito com os 2×1 e acomodou, se saísse mais um tudo bem, não saiu mas foi ótimo, manteve o time do G4, em terceiro, e deu um agrado ao torcedor. Impossível saber o que ocorre fora das quatro linhas mas me surpreende ver Figueiredo, que tem um excelente potencial técnico e físico, no banco de reservas, entrando vinte minutos, ou menos. Se é punição, acaba punindo o time, não é muito inteligente.

Tenho conversado com alguns vascaínos, que pensam como eu, time muito fraco para a grandeza do clube gigante que é o Vasco. Jorginho terá muito trabalho.

Com três belíssimos gols, o Real Madrid manteve a invencibilidade e liderança do campeonato espanhol, derrotando o Mallorca por 4×1, no Santiago Bernabéu lotado, quase 55 mil pagantes, ainda em obras. Valverde empatou numa arrancada desde sua intermediária, Vini Jr fez o segundo, tabelando com Rodrygo, que marcou o terceiro em jogada individual, dois únicos momentos de brilho do ex-atacante do Santos. Rudiger fez o quarto gol, seu primeiro no Real, fechando a goleada e liderança, com cinco vitórias em cinco rodadas. Vinicius foi, uma vez mais, o destaque do time, MVP de novo, muito “caçado” em campo, algumas vezes com violência, mas sempre muito perigoso. Vai chegar voando na copa do mundo, onde, com certeza, será um dos protagonistas. Benzema continua fora, em tratamento de uma lesão no músculo semitendinoso, coxa direita. Por aqui, diriam os bravos jornalistas: “sentiu o posterior da coxa”, como se posterior fosse um músculo.

Vinícius Júnior no Real Madrid. (Getty Images)

Na véspera do feriado da independência, o Palmeiras fez 1×0 no Athletico PR e parecia estar com a mão na vaga para a final, contra o Flamengo, pelo menos era essa a projeção dos “especialistas”. E parecia mesmo, quando marcou o segundo gol. Nenhum torcedor palmeirense poderia imaginar um final tão trágico para quem torce por um grande time. Mais uma final, o sonhado tri da Libertadores, pareciam pensar. Nada como um minuto atrás do outro, em futebol, tudo pode acontecer. Veio o primeiro gol adversário, caiu a diferença mas ainda precisava mais um, para um ou para outro. Veio o empate, que tirou o supercampeão paulista do caminho do Flamengo, pensaram os rubro-negros. Nos 200 anos de independência do Brasil o Flamengo foi a campo “já classificado” com os 4×0 de Buenos Aires, contra o fraquíssimo Velez Sarsfield. Fez um primeiro tempo horroroso, completamente desligado, sem motivação, esperando o tempo passar, exceto Rodinei, como um trator. O primeiro chute a gol foi aos 39 minutos, sem problema. Falha da defesa e os argentinos fizeram 1×0, aos 20 minutos. Pedro empatou no finalzinho. Algumas alterações e o time se ligou, melhorou bastante e a vitória parecia questão de tempo, e foi.

Flamengo x Athletico PR vão fazer mais uma final brasileira de Libertadores. Façam suas apostas.

Carlos Alcaraz conseguiu seu primeiro título de Grand Slam, aos 19 anos, entrando definitivamente para a história do tênis como mais jovem a conquistar o título de US Open e liderar o ranking mundial. Vitória sobre Casper Ruud por 6-4, 2-6, 7-7 e 6-3, marcando uma nova era para o tênis espanhol, tido como sucessor do multicampeão Rafael Nadal.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.

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