Redação

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento nesta 3ª feira (7.jul.2020) ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Foi a 1ª vez que ele falou aos investigadores sobre o suposto esquema de “rachadinha” –a prática de tomar parte do salário de servidores– em seu antigo gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

O depoimento foi prestado via videoconferência. De acordo com a assessoria do senador, a diligência “atende a pedido feito pela defesa, que quer restabelecer a verdade“. Os advogados de Flávio, no entanto, haviam tentado evitar a oitiva, sob a alegação de que ela foi pedida por órgão que não tinha competência para isso.

Flávio foi intimado pelo Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) e, de acordo com decisão da Justiça do Rio de Janeiro, ele tem direito a ser julgado em foro especial. Com isso, seu caso passaria à alçada do Procurador Geral do Estado.

A intimação pelo Gaecc só foi possível porque a PGJ formalizou 1 termo de cooperação do grupo de promotores com o procurador-geral.

O envio do caso à 2ª Instância é contestado em duas reclamações que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal). O relator de uma delas, ministro Celso de Mello, enviou a questão para ser decidida no plenário da Corte.

A mulher de Flávio, Fernanda Antunes Bolsonaro, também foi intimada a depor. O MP-RJ afirma que ela recebeu depósito de R$ 25.000, em 2011, feito pelo ex-assessor do gabinete de Flávio na Alerj Fabrício Queiroz –que está preso.

De acordo com a defesa do senador, Fernanda não será ouvida. “O conteúdo da audiência [de Flávio] está em segredo de Justiça e será preservado. Com todos os fatos esclarecidos, a esposa do parlamentar, Fernanda Bolsonaro, não prestará depoimento“, disse, em nota.

A defesa do senador reafirma que Flávio Bolsonaro não praticou qualquer irregularidade e que confia na Justiça“, conclui a manifestação enviada à imprensa.


Fonte: Poder360