Por Bolivar Meirelles

Segundo turno no Rio de Janeiro.

Um candidato de Bolsonaro e, outro também, egresso do Partido da Ditadura dos Governos Militares, ARENA, PFL, agora Democratas. Fácil mudar os nomes, difícil os conteúdos programáticos. Não era atoa o motivo pelo qual, o Eduardo Paes teve, como seu “cabo eleitoral” o General de Exército Leônidas Pires Gonçalves, Ministro do Exército do então Presidente José Sarney. O Eduardo Paes e seu Democratas são produtos de um tempo que pensa que passou, sub produtos da Ditadura imposta em 1964 pelo Golpe de Estado, pelos violentos tempos de torturas, estupros e assassinatos efetivados em próprios das Forças Armadas Brasileiras. O tempo passa mas a memória fica. O General Pires Gonçalves foi aquele que impôs esse artigo 142 na Constituição Brasileira de 1988. Resíduos de um Poder Militar. Foi esse mesmo General que pressionou Ulisses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso e outros a se submeterem e não reverterem ao Serviço Ativo os militares legalistas afastados do serviço ativo por atos Institucionais emanados dos governos ditatoriais militares. Não esqueçamos.

Além do que, Eduardo Paes é o homem da “limpeza” social para o estabelecimento dos grandes empreendimentos imobiliários.

O Bispo da Universal do Reino de Deus, subserviente ao Capitão Presidente Jair Bolsonaro, “lambe botas” do Governo presidido por esse fascista capitão reformado, por iniquidades naturalmente, estabeleceu, em seu governo, uma pretensa moradia teocrática. A Universal do Reino de Deus, chutou ícone da Igreja Católica, a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, invadiu templos de igrejas afro e indígenas. Dois calhordas, duas situações boas, cômodas para o Presidente terrorista, para o assassino de multidões, veja-se o desleixo ao trato da Covid 19. Observemos o destrato quanto a violência a negros e índios. Diz o Capitão Presidente, “no Brasil não há racismo!”; diz o General Vice Presidente, “no Brasil não há racismo!”. Mortes, desemprego estrutural, racismo estrutural. Cegos, mudos e surdos. Capitão Presidente da República, Jaír Bolsonaro; General de Exército Hamilton Mourão, Vice Presidente da República; dois submissos candidatos ao segundo turno a prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e Marcelo Crivella, “farinha do mesmo saco”. Quem não quer ver… não veja. Estou atento.

Voto nulo nesse domingo dia 29 deste novembro.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.