Por Alcyr Cavalcanti –
“Esta CPI da Pandemia colheu elementos de prova que demonstram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da Pandemia do corona vírus expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa”. Relatório da CPI.
Após seis meses de trabalhos com intensos debates foi apresentado o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito tendo como relator o senador Renan Calheiros e presidido pelo senador Omar Aziz, um documento minucioso de mais de 1100 páginas. O presidente Jair Messias Bolsonaro foi indiciado em nove crimes que são: Epidemia com resultado de morte, infração de medida sanitária preventiva, incitação ao crime, charlatanismo, crimes contra a humanidade e crimes de responsabilidade.
Outras sessenta e seis pessoas, inclusive os filhos do presidente e pessoas de sua confiança também estão no relatório e são indiciadas. O documento vai ser votado na semana que vem e só depois enviado para a Procuradoria Geral da República ao Ministério Público e para a Policia Federal. O número excessivo de mortes, que ultrapassou as 600 mil é um dado de extrema gravidade, que vai manchar em definitivo os responsáveis pela tragédia.
Leia também: Comissão conclui leitura de relatório final. Confira a íntegra do documento
O gabinete paralelo foi o responsável pelo número excessivo de mortes pela chamada imunidade de rebanho, a contaminação da quase totalidade da população, com indicação de medicação ineficaz e a falta de vacinação que motivaram a rápida propagação do vírus. A disseminação de Fake News, as notícias falsas que teriam sido disparadas em massa pelo “gabinete do ódio” como ataques à China, desrespeito e menosprezo ao isolamento social, ineficiência da vacinação, uso de máscaras e isolamento social, estimular o não fechamento de serviços diversos, e principalmente a indicação do tratamento precoce de remédios sem comprovação científica e que posteriormente se mostraram ineficazes como o chamado Kit Covid.
O senador Flávio Bolsonaro menosprezou o relatório e acredita que não vai dar em nada.
ALCYR CAVALCANTI – Jornalista profissional e repórter fotográfico, trabalhou nos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e em agências de notícias internacionais. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor universitário, ex-presidente da ARFOC, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
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