Por Bolivar Meirelles –
Sim, Rui Barbosa tinha o título, honorífico, de General de Brigada. “Águia de Haia” fala tudo pelo seu domínio jurídico, como poliglota, como representante hábil do Brasil em encontros internacionais. Águia, uma ave rapace, viva, rápida no bote. Deixando de lado as posições políticas e ideológicas, observando competência militar de comando e ação, falar em “Raposa do Deserto”, identifica o General Alemão Fron Romel. O “Lobo das Estepes” identifica o General Russo Timochenco, rápido e competente.
Falar em “Libertador das Américas”…nem precisa buscar fontes de informação, ressalta o grande Simon Bolivar. O “Cavaleiro da Esperança”, nomina, honrosamente, Luiz Carlos Prestes, o cérebro da Coluna Invicta que partiu do Rio Grande do Sul e se encontrou com a de Miguel Costa vinda de São Paulo, resíduo dos comandados pelo General Isidoro Dias Lopes. General que comandou o levante das tropas em 1926 em São Paulo. O segundo 5 de julho. Cada notório General tem honrado, ou não, seu Codinome. Carreiristas ou não. Vendedores de estrelas ou não. Os denominados Generais de Direita negocistas… Os atuais subordinados ao Capitão Fascista Presidente Jair Messias Bolsonaro são, por natureza, “vende Pátria”. Codinome não, são mesmo. Buscadores de recursos financeiros capazes de complementar sua ganância.
Generais alimentados pela venda da Pátria e pelos corpos mortos pela Covid 19. Pela queima da floresta amazônica, pela miséria do Povo Brasileiro. Generais subordinados ao Capitão fascista e entreguista tutelado pelo camelô do patrimônio nacional. O Paulo Guedes. Urubus dos cadáveres de brasileiros mortos por essa Pandemia terrível do novo Coronavírus de 2020. Se falarmos em “comedores de cadáveres” e entreguistas já sabemos, é o conjunto desses generais.
Agora, cada um tem seu Codinome particular. O mais idoso deles, o General Heleno, pode ser lembrado como o “Incompetente do Haiti”; o General Mourão, o “Confuso Falador de Bobagens”; o General Braga Neto, o “Beneficiário dos Milicianos do Mal cariocas”; tem um que fica cognominado pelo Ministro do “Passar a Boiada”, o Salles do meio ambiente, como “Maria Fofoca” o título de General Ramos já se perdeu. O mais novo dos Generais Ministros foi, pelas qualidades de paraquedista, ser Ministro da Saúde, acabou o General Pazuello, com o codinome de “General Cloroquina*. É…, cada um ficou com o título que buscou. Imagine!. O próprio Patrono do Exército Brasileiro, o Duque de Caxias, por ter massacrado levantes libertários brasileiros, ficou cognominado de Pacificador. Os Generais são medidos pelas medalhas que trazem no peito e cursos nas mangas. Eu, cassado pelo Golpe Empresarial Militar de 1964, como segundo tenente apenas, aos 24 anos de idade, título que muito me honra, não reivindiquei pela Anistia Política a Medalha do Pacificador que me conferiram ainda no Governo de João Goulart. Nada tenho a ver com o Pacificador. Nem Benjamin Constant Botelho de Magalhães tinha. E, a vida é, sutilmente, interessante, virei General de Brigada Reformado. Título possibilitado pelo Povo Brasileiro em sua luta por Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Infelizmente os torturadores dos Governos Militares se beneficiaram também. Podem, com muita honra, me cognominar de “General de Peito e Mangas Lisos”.
Aos Generais ditadores sanguinários do pós Golpe de Estado de 1964, seus títulos também são inerentes. Deixemos, no conjunto, serem denominados mesmo de “Sanguinários e Golpistas”, “Vendedores da “Pátria Brasileira”. Imaginem o nome da turma na qual saí Aspirante a Oficial em 1962, foi nominada de “Turma Duque de Caxias”, menos mal, depois teve “Turma Emílio Garrastazu Médice”… Esses nomes não eram abertos a escolha pelos cadetes. Até porque poderia surgir algum desvio de gosto e, os Cadetes, escolhessem para nomes de suas turmas “Libertador das Américas” ou, “quem sabe?”, “Cavaleiro da Esperança”. Medalhas aos Generais? o Genial Charles Chaplin em “O Grande Ditador”, representando Hitler, até pindurou, na parte macia do sentante dos Generais Nazistas, claro que com as calças por cima, medalhas pelo simples fato de, no peito não existir mais espaço.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
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