Por Carlos Barreto

Uma janela em Lisboa, um dia cinzento uma brisa que rasga num final de tarde em Novembro.

No horizonte o pensamento de sol, sorrisos brilhantes e um calor que aquece.

Dois climas, dois pensamentos, o mesmo universo.

Lisboa é uma das cidades mais carismáticas e vibrantes da Europa. (Bruno Gonçalves/Reprodução)

São estas formas que unem a distância do pensamento o aproximar de vontades a mesma razão de existência.

O que mais aproxima é a língua, a vontade de viver, o pensar num futuro melhor.

Uma janela se abre em Ipanema, o calçadão infinito de pessoas que se exercitam em corpos desnudados na procura de um vigor físico devido à exposição que o clima obriga. O caminhar desembaraçado, os olhares que se cruzam os “Ois” que se emitem em conversas, sempre na procura de um momento descontraído e de prazer.

É esta ponte que une e liga dois povos irmãos, famílias com história, raízes que acendem a chama de povos unidos pelo sangue da paixão.

Tem sido este aproximar que cada vez mais nos une que aproxima gerações e que nos dá respostas para a ligação e o aproximar de dois continentes.

Em abril de 1500, o território correspondente ao Brasil foi reivindicado por Portugal após a chegada da frota comandada pelo explorador português Pedro Álvares Cabral. (Fotomontagem/TIL)

Brasil e Portugal unidos, pela mesma língua com história, pela mesma visão de um amanhã em que a família é o baluarte da sociedade e em que se procuram dias num futuro de paz, de amizade e união.

As raízes de um familiar distante que em tempos viajou para um novo continente, trouxe formas de entendimento que não precisa de palavras, basta o silêncio dos antepassados que espelham e iluminam gerações de línguas cruzadas e locais que fazem a história dos Antunes, dos Silveira, dos Godinhos, dos Barretos, todos origem da mesma tribo.

Portugal e Brasil estão unidos por toda a emoção que nos leva e traz memórias em vagas de pensamento e tradição.

Que assim continue pelas gerações vindouras, pois há laços que são infinitos, imperdíveis e carregados de emoção.

Todos somos iguais nas diferenças, mas unidos pela união de factos.

Próximo capítulo:
Futebol raiz e Flamengo, visto da Europa.

CARLOS BARRETO – é Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.


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