Por Iata Anderson –

Vendo Fluminense x Fortaleza, fiquei com a impressão que o futebol está mesmo nas últimas, respirando por aparelhos.

O jogo ficou por conta do insuportável e prepotente Anderson Daronco, muito parecido com um determinado político do meio judiciário, dono do pedaço, ele decide tudo, está cima da lei, da Constituição. Fiquei com essa impressão, até acabar o jogo. Depois tive certeza que a coisa funciona dessa forma. Tem que ser como ele – Daronco – quer, auxiliado pelo maldito VAR, inventado em péssima hora para nos tirar o prazer de ver um jogo sem atropelos. Penso que alguma coisa poderia ser decidida pelas câmeras, um impedimento, por exemplo, mesmo assim há um enorme exagero nas linhas traçadas para definir um fora de jogo por milímetros, não é por aí. O narrador narra, a torcida comemora e volta tudo para marcar uma falta atrasada, lá atrás. Tirou a beleza do espetáculo, para o qual foi inventado o “foot-ball”, pelos ingleses, copiado pelo resto do planeta. Temos que ser repetitivos, sim, até que alguma coisa seja feita, revista, não dá para continuar dessa forma. O árbitro gaúcho determina como o jogo será disputado, jogado, em que velocidade, em que circunstâncias, tudo é determinado por ele. Para o jogo a todo momento, risca o gramado como um professor utiliza o quadro-negro, o tempo que deseja, a hora que quer.

Os árbitros se tornaram os protagonistas, aparecem mais que os jogadores e técnicos, os verdadeiros artistas do jogo. Por isso ficou fora da copa do mundo. O impedimento – é bom lembrar – do Germán Cano que seria o segundo gol do Fluminense, deveria ser levado a uma CPI para investigação minuciosa, detalhada, para averiguações. Um desconto na paralização – 10 minutos – contando com as paradas desnecessárias, não é a mesma coisa do tempo corrido. O emocional é outro, completamente alterado. Basta arrumar o time atrás, quem estiver ganhando, e o bicho estará garantido. Vão ficar dois dias cruzando bolas e não fazem o gol que precisam. Passou dos limites do tolerável.

Não há nenhuma indicação que haverá mudanças, na próxima reunião do International Board, pelo menos para esta década.

Luiz Henrique garante vitória do Fluminense sobre o Fortaleza

Faltam seis meses e ninguém fala em copa do mundo. A última notícia sobre a seleção brasileira foi a convocação para dois amistosos, antes do mundial no Catar, como todo mundo sabe, transferido para o fim da temporada devido ao forte calor naquela região. Mesmo assim, algumas pessoas passarão dificuldade nas locomoções, com todos os cuidados tomados pelo governo local. Quem conhece sabe as dificuldades de adaptação, a principal delas é exatamente o forte calor. Tite, já falei sobre isso, deixou de convocar Hulk, o melhor jogador em atividade no país, apontando que tem o grupo pronto, escolhido, entre os muitos convocados e testados. Não discuto escolha de treinador, é um problema e responsabilidade dele, experiente e com muito tempo para saber o que quer. Não acredito em mudança até a estreia a não ser que apareça um novo Fenômeno, o que é pouco provável. Casemiro poderá perder a posição, pelo fraco desempenho que vem apresentando no Real Madrid, onde Carlo Ancelotti tem revezado Eduardo Camavinga, 19 anos, muito habilidoso, futebol requintado, e Valverde, uruguaio, 23 anos, “voando” em campo. Veloz e bom chutador, vem pedindo passagem faz um bom tempo. Militão também está em baixa no campeão espanhol, mas não corre perigo de ser barrado na seleção, até porque já está mesmo no banco. Falo dos que vejo jogar duas vezes por semana e garanto que Vinicius Junior será titular e Rodrygo, se entrar, não sai mais.

Os dois são destaques no time merengue, uma baita credencial.

Impossível não falar das transmissões pela TV, cada dia mais comprometida com sua função de informar. O bate papo está sobressaindo sobre a narração daquilo que não vemos, como informação do repórter de campo, cada dia mais de desprestigiado, limitando-se a informar substituições e mais nada. Os brasileiros que jogam fora recebem tratamento super especial, principalmente na ESPN, onde são exaltados além da conta, quando acertam, passam batido quando erram, uma lástima. Quero ver se entendo: Tite, técnico, é escrito dessa forma, T.I.T.E, Tite, paroxítona, tudo bem. O zagueiro do Fortaleza, ex-Vasco, se escreve com “i” e também é chamado TITE, não deveria ser TITÍ, como Didí, Viví, Fifí , oxítona.

Respostas para a redação. Falta produção para essa turma.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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