Redação

A cúpula nacional do PSL vai se reunir nesta semana com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), para conversarem sobre as eleições municipais de 2020.

Entre os participantes está o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), membro do diretório nacional do partido.

A reunião acontece após o anúncio de que Jair e Flávio Bolsonaro, ex-aliados e hoje adversários de Witzel, vão sair do PSL e participar da criação de uma nova sigla chamada de Aliança pelo Brasil.

“Temos conversado bastante com o governador. Ele é um quadro que trafega bem no campo da direita e se destaca muitos nas pautas de segurança pública. Tudo a ver com o PSL”, disse Bozzella ao Congresso em Foco.

O deputado afirmou que haverá mais reuniões com o governador do Rio de Janeiro nas próximas semanas:

“A pauta é eleger o maior número de prefeitos alinhados com essa agenda de segurança e desenvolvimento de uma economia liberal com enxugamento da máquina e diminuição do estado. Vamos conversar bastante nessa e também nas próximas semanas”.

Durante as eleições de 2018, Witzel se aliou ao grupo político do presidente Jair Bolsonaro e fez diversos atos de campanha ao lado do então candidato ao Senado Flávio Bolsonaro.

Nos últimos meses, o senador Flávio Bolsonaro, ao exercer o comando do diretório estadual do PSL no Rio de Janeiro, iniciou um processo de rompimento do PSL com o governador do PSC.

Após ser formalizada a saída de Flávio do partido, o nome mais cotado para comandar o PSL-RJ é o de Sargento Gurgel, coordenador da bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional.

O presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que Witzel tenta destruir sua imagem e declarado que ele tem pretensões de ser candidato nas eleições presidenciais de 2022.

Na última semana, o governador protagonizou uma nova briga com a família presidencial ao culpar o governo federal pela morte da criança de cinco anos Ketelen Gomes, que foi morta na última terça-feira (12) ao ser atingida por uma bala no Rio de Janeiro.

Em resposta, Flávio chamou Witzel de “traidor” e “mentiroso contumaz”.

Fonte: Congresso em Foco, por Louriberto Pompeu