Redação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou nesta 3ª feira (12.jan.2021) que se reunirá no próximo domingo (17.jan) para decidir sobre a autorização do uso emergencial das vacinas CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, e da AstraZeneca/Oxford, fabricada no Brasil pela Fiocruz.

Segundo o comunicado, a data é o penúltimo dia antes do encerramento do prazo estabelecido internamente para a avaliação. No caso da aprovação, as primeiras doses dos imunizantes poderão ser aplicadas a partir da próxima semana.

USO EMERGENCIAL

Butantan pediu à Anvisa o uso emergencial da CoronaVac na 6ª feira (8.jan). Os dados completos dos estudos com a vacina no Brasil foram enviados e estão sendo analisados pela agência.

De acordo com um painel que monitora o andamento das análises das vacinas contra a covid-19 no Brasil atualizado pela Anvisa, 37,64% da documentação da CoronaVac precisa de complementação. O percentual é calculado de acordo com o volume e a “criticidade” dos dados a serem analisados.

Horas depois a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) apresentou o pedido de autorização para uso emergencial e em caráter experimental da vacina desenvolvida pela biofarmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

O pedido foi feito para o uso de 2 milhões de doses de vacinas que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. O laboratório é um dos fabricantes da vacina da AstraZeneca.

EFICÁCIA

CoronaVac

O governo de São Paulo anunciou, também nesta 3ª feira (12.jan), que a eficácia global da CoronaVac é de 50,38%. O imunizante é produzido no Estado numa parceria da farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantan.

Na última 5ª feira (7.jan), o governo paulista afirmou que a CoronaVac tem eficácia de 78% para prevenir casos leves e prevenção total a mortes, casos graves e moderados da covid-19. A ausência da eficácia global no anúncio foi alvo de críticas de pesquisadores e cientistas.

AstraZeneca/Oxford

Estudo apontou que a vacina de Oxford tem eficácia que varia de 62% a 90%, dependendo da dosagem aplicada. Os resultados são preliminares e levam em consideração testes feitos no Reino Unido e no Brasil.

A eficácia ficou em 90% quando os participantes receberam meia dose da vacina e, 1 mês depois, uma dose completa. Quando foram aplicadas duas doses completas, também com 1 mês de diferença entre elas, a eficácia caiu para 62%.

VACINAÇÃO

A gestão de João Doria pretende iniciar a vacinação em 25 de janeiro. A imunização irá ocorrer de 2ª a 6ª feira, das 7h às 22h, e das 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

O governo federal ainda não estipulou data exata para o processo. Trabalha com 3 hipóteses para o início. No pior dos casos, as vacinas só começariam a ser aplicadas depois de 10 de fevereiro. No cenário otimista, o processo começaria em 20 de janeiro.


Fonte: Poder360