Por Pedro do Coutto –
Reportagem de João Sorima Neto e Marcelo Motta, O Globo, revela que empresários e entidades brasileiras enviaram carta ao presidente americano, Joe Biden, pedindo apoio às iniciativas de combate ao desmatamento na Amazônia e também pela preservação das florestas brasileiras.
O documento que politicamente ultrapassa o governo Bolsonaro está assinado por vinte e três empresas e trezentas entidades ligadas ao agronegócio, à exportação de carnes e à preservação do meio ambiente.
OBJETO DE DEBATE – O projeto será objeto de debate hoje na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Além disso, o documento dos empresários e dirigentes de entidades brasileiras foi destinado também à deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Deputados dos Estados Unidos, e ao líder da maioria democrática do Senado, Steny Hoyer.
Um dos apelos é que seja destinada ao Brasil uma parte do crédito de US$ 9 bilhões anunciado pela Casa Branca para financiar a preservação de florestas tropicais, sendo a principal a da Amazônia. A proposta inclui um tópico indireto ao processo político. Para garantir a participação nos recursos, cada país (inclusive o Brasil) precisa garantir transparência do uso dos recursos recebidos e também garantir a participação de comunidades indígenas e de mulheres no processo.
Entre os signatários dos documentos encontra-se a Associação Brasileira do Agronegócio, Associação Brasileira de Óleos Vegetais., Associação das Exportadoras de Carnes, como é o caso da JBS, de Wesley Baptista, a PRF, a Mafrick, a Nestlé, a Danone e a Suzano Papel. As empresas e entidades adotaram o nome de “Coalizão Brasil”, conforme informou Rodrigo Castro, Fundação Solidaridad, que integra o grupo estratégico.
REAJUSTE – Lorena Rodrigues, edição de ontem de O Estado de S. Paulo, revela que o presidente Jair Bolsonaro pela legislação terá que decidir o reajuste dos servidores federais, civis e militares, até o próximo dia 22, pois a legislação eleitoral somente permite aumento nominal de salários e também aumentos reais, o que não é o caso, até 180 dias antes do término do mandato presidencial.
O governo Bolsonaro estava disposto a fixar o reajuste em 5%, incluindo os Poderes Legislativo, Judiciário e o Ministério Público. Mas as reposições inflacionárias do Legislativo e do Judiciário têm que ser fixadas pelos presidentes dos Poderes. Eu disse aumento real, pois o aumento de 5% é apenas nominal, já que a inflação como o IBGE informou ontem, é de 12,2 % de abril de 2021 a abril de 2022.
O GENERAL E FACHIN – Anteontem, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em ofício enviado ao ministro Edson Fachin, presidente do TSE, Edson Fachin, solicitou que as respostas às eventuais perguntas das Forças Armadas sobre o sistema eleitoral devam ser encaminhadas diretamente a ele.
Na minha opinião, o presidente do TSE deve aceitar, é claro, a solicitação, mas acrescentar que as respostas devem ser através de um encontro público entre ele e o general, com a participação dos presidentes do Senado e da Câmara Federal e também da imprensa para que as questões indagadas e esclarecidas sejam do conhecimento geral da opinião pública do país.
CARTÕES DO AUXÍLO BRASIL – Idiana Tomazelli, Marianna Holanda e Julia Chaib, Folha de S. Paulo de quarta-feira, assinalam em reportagem que o governo está empenhado em remanejar R$ 130 milhões do Orçamento para emitir novos cartões do Auxilio Brasil. Isso porque os cartões ainda em uso têm a marca do Bolsa Família, programa instituído pelo ex-presidente Lula da Silva.
De outro lado, o preço parece excessivo porque são 18 milhões de famílias cadastradas e dividir R$ 130 milhões por 18 milhões revela um custo muito alto por unidade a ser distribuída. O benefício médio é de R$ 409 e o total é de R$ 7,4 bilhões por mês.
O BC E O PIX – Natália Garcia, também da FSP de ontem, revela que os servidores do Banco Central, através de seu sindicato, estão protestando contra o uso político do Pix como um projeto de Bolsonaro e de candidatos a deputado do PP.
Acentuam que o Pix é um programa de Estado e não de governo. Ele surgiu no próprio BC e, por isso, não pode se transformar em matéria político-eleitoral.
Pedro do Coutto é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ)
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