Redação

Este ano, em meio a pandemia do coronavírus, as centrais sindicais organizam comemorações virtuais do dia do trabalhador, celebrado neste 1º de maio. O evento reúne no palanque virtual figuras de diferentes campos ideológicos, como os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Também são esperados Marina Silva (Rede-AC), Ciro Gomes (PDT-CE) e Flávio Dino (PCdoB-MA), governador do Maranhão.

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A programação também conta com atrações musicais como Roger Waters (ex-Pink Floyd), Zélia Duncan, Otto, Leci Brandão, Chico César e Odair José. Os artistas enviaram vídeos com sua participação. O músico e ativista Roger Waters enviou um vídeo com a canção “We Shall Overcome” (nós vamos superar). A música de protesto, composta pelo cantor americano por Pete Seeger, se tornou hino do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos (1955-1968).

Com o slogan “ 1º de Maio Solidário – Em defesa da saúde, emprego e renda”, as centrais promovem ações que reforçam o isolamento social e estimulam a solidariedade. Em algumas cidades, representantes dos movimentos sindicais e sociais estarão distribuindo máscaras, cestas básicas e marmitas.

Pauta

Com forte oposição ao governo Bolsonaro, a pauta deste 1º de maio é crítica a medidas trabalhistas adotadas pelo governo, como a medida provisória que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução da jornada e de salários durante a pandemia (MP 936/2020). As lideranças sindicais também criticam a burocracia e o atraso na destinação do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, também conhecido como coronavoucher ou renda mínima.

Parte das lideranças defende o impeachment do presidente, encampando o “Fora Bolsonaro”. “A luta, que é também pela democracia e por um projeto de nação, pressupõe o fim do governo de Jair Bolsonaro e se traduz no ‘Fora, Bolsonaro!’”, declarou a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro ainda não indicou se fará pronunciamento em rede nacional para falar sobre a data, a exemplo do que fez em 2019. No ano passado, ele aproveitou a ocasião para anunciar a medida provisória da liberdade econômica, que já foi transformada em lei.

Segundo a agenda oficial do presidente, não há compromissos oficiais marcados para esta sexta-feira.


Fonte: Congresso em Foco