Por Carlos Barreto –

Vivemos em prisões de portas abertas…

Os tempos modernos levaram-nos a uma solidão solidária, em que as redes sociais tomaram conta de homens, mulheres, jovens e crianças, em que tudo é feito através do click de um botão, em que estamos reféns do wi-fi, todos os dias sentimos vontade de estar próximo de alguém mas com um simples gesto, afastamos as pessoas. A solidão impera na nossa sociedade e leva a cada vez mais doenças do foro mental, à necessidade de medicação para acordar, para levantar, para dormir. A sociedade foi feita para socializar, as pessoas vieram ao mundo para rir, discutir e chorar.

As redes sociais numa falsidade de valores faz nos sentir bem, nunca estando bem.

A Falsidade nas Redes Sociais | O Jornalzinho

O ser humano veio ao mundo para interagir, sentir e fazer de nós pessoas que acreditam, duvidam, lutam, e termos o melhor dos mundos ou descermos ao inferno da solidão, essa é a realidade real, que nos faz seres humanos, pessoas, que nos faz pensar, agir e realizar.

Hoje no canto de uma sala, no recanto de um quarto, vemos pessoas que covardemente escondidos, são heróis de uma vida que não é real.

A partir de um computador, criam personagens que jamais os conseguiriam na vida real cara a cara, que o fazem no anonimato, atrás de um computador e serem heróis quando na verdade são covardes da solidão.

A pandemia, as turbulências do planeta, as guerras, a falta de verdade, levou-nos a uma solidão estranha e solitária, vemos pessoas com tanto para dar, mas fechadas entre quatro paredes, remoendo sentimentos e vivências, vivem vidas perdidas por opção.

Essa imagem representa bem as redes sociais e o culto à imagem : r/brasil

Temos de ser corajosos, enfrentar o problema dia a dia, hora a hora minuto a minuto, como se fosse a última vez e nunca perder a esperança.

A vida foi criada com pessoas, para pessoas e entre pessoas, temos de combater a solidão, temos de lutar na esperança, temos de viver com a realidade e não fugir nunca ao princípio que viemos ao mundo para interagir entre iguais como se de uma peça de teatro se tratasse, e fugir da solidão.

Pessoas de todo o mundo abracem o canal de esperança, a vida é para ser vivida, cada dia sem ilusões mas com a crueldade real de que somos únicos, somos vida, respiramos e queremos sentir o mundo a cada momento.

Temos de fugir da solidão, das pandemias, das atrocidades, do virtual e temos de ter a ilusão de que o mundo é um palco, um filme de vidas, onde somos atores privilegiados de uma peça única, que nunca ninguém viveu… O nosso filme é o dia a dia, tem de ser vivido, com prazer e estarmos vivos em sociedade, esse é o nosso privilégio.

Nunca nos podemos esquecer, cada um de nós é mesmo único…

CARLOS BARRETO –  Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.


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