Por Ricardo Cravo Albin –
Antônio Carlos Jobim foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil na última metade do século XX.
Inicialmente tocando como pianista em todos os inferninhos do Rio, foi a partir do começo dos anos 50 que Tom Jobim iniciou sua carreira como compositor.
Ainda na fase das parcerias com Marino Pinto, Billy Blanco e Dolores Duran, Tom Jobim fazia música com um velho amigo de juventude na praia de Ipanema, o também ótimo pianista Newton Mendonça, que morreria prematuramente no começo dos anos 60. Com Mendonça, Jobim lançaria dois clássicos da bossa-nova: “Desafinado” e “Samba de uma nota só”.
Logo depois de compor a “Sinfonia de Brasília” com Vinícius, encomendada pessoalmente por J K e Oscar Niemeyer começou o sucesso internacional de Tom Jobim. Não certamente pela Sinfonia, mas porque duas músicas suas haviam entrado em 1961 nas paradas de sucesso norte-americanas: “Desafinado” e “Samba de uma nota só”, que em pouco tempo venderam mais de um milhão de cópias. Começou-se então a falar nos Estados Unidos da Bossa Nova. Tom e a Bossa Nova logo seriam uma coqueluche. Que se espalharia não só pelo território americano como também por todos os países do mundo. E com essa consagração da Bossa Nova estava definitivamente consagrado o seu estruturador principal, Antônio Carlos Jobim, ao lado de João Gilberto, Vinicius de Moraes e todos os demais músicos e cantores que se agregaram ao núcleo original da BN.
Antônio Carlos Jobim é até hoje o nome mais respeitado, acatado e até venerado pelas novas gerações de músicos e compositores do Brasil. Embora com todo esse sucesso, Tom continuou afável e simples com as pessoas que o procuravam: sorriso franco, roupas e cabelos sempre descuidados, ele nunca escondeu sua paixão pela vida simples. E as coisas simples de que Tom se embebeu fizeram-no também um poeta, além do grande compositor que sempre foi. Seu último grande sucesso popular refletia a excelente poesia que também o habitou: são os versos de “Águas de março” para os quais Tom compôs uma de suas mais simples, despojadas e ao mesmo tempo mais adoráveis melodias.
*Ricardo Cravo Albin, Jornalista, Escritor e Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin
MAZOLA
Related posts
Miragens – por Paulo Metri
Reencontro – por Kleber Leite
Editorias
- Cidades
- Colunistas
- Correspondentes
- Cultura
- Destaques
- DIREITOS HUMANOS
- Economia
- Editorial
- ESPECIAL
- Esportes
- Franquias
- Gastronomia
- Geral
- Internacional
- Justiça
- LGBTQIA+
- Memória
- Opinião
- Política
- Prêmio
- Regulamentação de Jogos
- Sindical
- Tribuna da Nutrição
- TRIBUNA DA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
- TRIBUNA DA SAÚDE
- TRIBUNA DAS COMUNIDADES
- TRIBUNA DO MEIO AMBIENTE
- TRIBUNA DO POVO
- TRIBUNA DOS ANIMAIS
- TRIBUNA DOS ESPORTES
- TRIBUNA DOS JUÍZES DEMOCRATAS
- Tribuna na TV
- Turismo